Gerson Camarotti, G1
Aliados do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltaram que, além de todo o trabalho no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, ele ainda precisa atuar no campo diplomático para “apagar incêndios” com o governo da China.
Uma das prioridades do ministro é destravar a compra de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde e de respiradores – fundamentais na recuperação de quadros graves da covid-19.
A negociação é com a China, principal fornecedora dos produtos. Porém, o momento é delicado.
O governo de Jair Bolsonaro enfrenta um mal estar diplomático com a China, por causa de ataques feitos nas redes sociais pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro.
No início da semana, o ministro Weintraub fez uma publicação em uma rede social insinuando que a China poderia se beneficiar com a crise mundial causada pela pandemia de covid-19. Ele apagou o post, que foi repudiado pela embaixada da China no Brasil e classificado como racista.
“Tudo o que o Brasil não precisa neste momento é uma crise com a China, que fornece material de Saúde para todo o mundo”, ressaltou um aliado do ministro da Saúde.
Em avaliações reservadas, o próprio Mandetta tem dito que o Brasil e demais países precisam repensar de forma estratégica essa dependência da China para fornecimento de equipamentos e materiais de saúde.
“Esse é um erro do planeta. Só um país tem escala para produção: a China”, disse Mandetta para um interlocutor.
“Neste momento, a questão é: quanto tenho e quanto preciso para garantir a situação no Brasil. Mas no futuro, temos que criar alternativas para que o mercado nacional assuma parte dessa produção para máscara, luva e outros itens”, afirmou Mandetta.
3 comentários
O ditado é certíssimo; o barato sai caro.
Agora os países vão ter que acordar;
comprar quinquilharia barata, rifar milhões de empregos e exportar empresas para China vai custar uma recessão brutal, desemprego, mortes e riscos de novas pandemias.
Por amor ao Brasil e ao nosso povo, vamos iniciar uma campanha:
Não compre produtos da china! Vamos gerar empregos no Brasil, comprando produtos fabricados aqui.
Os dois comentários anteriores pregam que o Brasil não compre nada da China, numa demonstração inequívoca de preconceito burro e irracional. Estes dois autores de comentários, por um acaso sabem quantos empregos neste Brasil são mantidos pq a China compra de nós e é responsável pela maioria dos valores de exportação ????
Se a China resolver nós compramos 30 (qq coisa) da China e eles nos compram 100 da mesma qualquer coisa … É difícil por nestas cabeças de purungo que na relação China ><Brasil somos nós os privilegiados? … que burrice ….