Ernesto Cardenal morreu este domingo em Manágua. O poeta e sacerdote tinha 95 anos e não resistiu à falência dos rins e do coração. Figura-chave da Teologia da Libertação, Cardenal participou da revolução sandinista na Nicarágua contra a ditadura de Somoza, liderada por Daniel Ortega, de quem foi ministro da Cultura nos anos 80,
Mas a relação de Cardenal e Ortega deteriorou. Cardenal denunciou arbitrariedades e corrupção praticadas por Ortega, que em 2007 voltou à presidência da Nicarágua.
Foi o seu compromisso com os mais pobres e contra as injustiças que fez de Cardenal a “voz moral da revolução sandinista”. Esse empenho total com um projeto político levou o papa João Paulo II a suspendê-lo das suas funções como sacerdote em 1983. Em fevereiro do ano passado, o papa Francisco enviou uma carta a Ernesto Cardenal na qual o informava do levantamento da suspensão. “Sinto-me identificado com este novo Papa”, afirmou Cardenal: “É melhor do que podíamos sonhar”
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Um comunista a menos!