O ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná Daniel Gonçalves Filho, delator da Operação Carne Fraca, afirmou que o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), ex-ministro da Justiça de Michel Temer, recebeu diversos pagamentos de propina em espécie. A maioria deles, segundo os depoimentos, girava em torno de R$ 10 mil.
Gonçalves relatou que Serraglio foi um dos articuladores de sua nomeação para o cargo do ministério da Agricultura no estado. Um dos grampos telefônicos de Carne Fraca gravou uma conversa em que o deputado federal se refere a Daniel Gonçalves como “o grande chefe”. Outro foco da delação é o também deputado federal Sergio de Souza (PMDB-PR), que também teria se beneficiado de propina do esquema.
Gonçalves também entregou outros políticos do PMDB do Paraná e detalhou como o sistema de compra de liberação de licenças por frigoríficos abastecia o caixa ilícito do partido.
O delator está preso na carceragem da PF na capital paranaense desde março de 2017, quando a operação foi deflagrada.
EX-MINISTRO NEGA ACUSAÇÕES
O ex-ministro da Justiça negou que tenha recebido propina e que tenha sido um dos responsáveis pela indicação do ex-superintende Daniel Gonçalves.
— Assim é fácil, né? O fiscal toma dinheiro das empresas, fica com ele e coloca a culpa nos outros — rebateu.
Serraglio afirmou que Gonçalves foi uma indicação da bancada do PMDB do Paraná e que seu principal fiador foi o então deputado federal Moacir Micheletto, morto em 2012. Segundo o ex-ministro, era ele o responsável por decisões do partido ligadas à pasta da Agricultura.
Sobre o recebimento de dinheiro em espécie, Serraglio disse que o ex-superintendente precisa dizer “onde fez o pagamento” e “se alguma vez esteve em minha casa ou no meu escritório”.
Em nota, o deputado Osmar Serraglio disse que parece estar sendo procurado um bode expiatório:
“A Operação Carne Fraca foi tão escandalosa que comprometeu as exportações brasileiras. Grandes frigoríficos foram envolvidos, em diversos estados. Nada mais se disse sobre isso. Eu próprio denunciei à Procuradoria da República negociação espúria que envolvia a JBS bem antes da Operação “Carne Fraca”.
Há oito meses está o superintendente do Paraná preso e o que se desvendou? Agora será solto porque, afinal, um ex-ministro foi implicado e isso já satisfaz.
Procurei informações e me foram negadas porque é crime revelar o que está sob sigilo da delação. Contudo, está na imprensa!!!
Passei para a jornalista do O Globo cópia dos documentos de 2007 que provam que a indicação do superintendente foi da bancada. Aliás, eu nem o conhecia.
E, é fácil mentir: diz que pagou em espécie. Pergunto: onde e como ele passou valores? Onde os sacou, como os transportou, quando e onde os entregou ? O que vale é a palavra de quem quer ser solto. Negocia a honra alheia e é premiado.
Reconheço que, desde que fui Relator da CPMI que implicou os mensaleiros, atraí muitos inimigos. Estão em muitos lugares e cargos e me perseguem. Mas não me arrependo.”
Em nota, o deputado Sérgio Souza afirmou que “as acusações são totalmente infundadas, falsas e realizadas por alguém que quer se livrar dos seus crimes”.
Com informações d’O Globo.
5 comentários
então tá! né?
Osmarzinho malvadeza nunca prestou. Pessoas idosas normalmente são sérias e decentes. Ele é tipo cunha. Olha prá baixo. Umuarama e região devem expurgar ele da política.
MAIS UM QUE FAZ PARTE DO MODELO POLITICO PROSTITUTO!
E AINDA QUER PAGAR DE EXEMPLO HÁ SER SEGUIDO, LIXO DA POLITICA NÉ?
Ele defendia e apoiava o CUNHA, então dizer o que ???
o Melhor e votar NULO
RSRSRSRSSR FALTA O TÁL PESSUTI.