De forma unânime, o Superior Tribunal de Justiça recebeu denúncia contra o desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Ele é investigado por agressão contra uma dona de casa em 2016, em Curitiba.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o desembargador teria tentado despejar restos de poda de árvore em terreno próximo à casa da mulher e, no meio de uma discussão, ele a teria agredido. Os exames de lesão corporal, que comprovam a agressão, foram feitos no mesmo dia da discussão.
O Caso, relatado pelo Paraná Portal
Em maio de 2016, o desembargador Luís César de Paula Espíndola discutiu com moradores da Vila Domitila, entre o bairros Cabral e Ahú, em Curitiba. Durante a confusão, ele teria agredido a dona de casa Ana Paula Bergmann, de 43 anos. Ela reclamava do despejo de entulho em um terreno.
Ao ver a agressão, um policial civil afastado – Antonio Carlos Poleira – sacou uma arma e deu voz de prisão ao desembargador.
Ana Paula contou, na época, que o desembargador ignorou a revolta dos moradores. “Passou aquela caminhonete estranha aqui, com um caminhão de lixo. Eu vi aquilo e estranhei. Ele ia jogar o lixo na frente da casa do policial, um pouco pra frente da minha. O policial disse que ele não podia jogar lixo ali e ele (desembargador) disse ‘eu jogo onde eu quiser”.
“O vizinho me pediu pra filmar pra ele chamar o meio ambiente. Daí ele veio e me deu um murro. Quando eu estava no chão o assessor dele me puxou e deslocou meu dedinho”, conta.
O delegado Hormínio de Paula Lima Neto, titular do 5º Distrito Policial, no bairro Bacacheri, instaurou inquérito para apurar o caso. Ninguém foi preso, mas ninguém foi preso na ocasião.
Em um dos vídeos gravados pelos moradores no local, o desembargador disse que ligou para a Central 156 da Prefeitura de Curitiba solicitando serviço de recolhimento de entulho.
Em nota, a prefeitura informou que o Espíndola tem cadastro na Central 156, mas não constava nenhuma chamada recente com os três números de telefone que estão no cadastro.
“A orientação para quem precisa fazer o descarte de mais de três carrinhos de resíduos vegetais é que procure uma empresa credenciada pela Prefeitura de Curitiba para a correta destinação dos resíduos, sendo que o custo é pago pelo responsável pelo entulho. Outra opção é procurar uma das estações de sustentabilidade tipo 2, que recebem resíduos vegetais”, diz em nota.
3 comentários
Baita macho. Este é o retrato do Brasil. Um elemento, só porque é Desembargador se acha acima de tudo e de todos.
Ôloco meu!
kkkk o tal desembargador achou que por ser quem é tudo ia ficar por isto mesmo, Se ferrou, agora vai ter que pagar o micão de responder inquérito no STJ, ou seja, virou mais um réu neste País de bandidos. Parabéns aos denunciantes e um bem feito para o desembargador violento, vai ter o inimaginável, pois agiu como se estivesse acima da lei. Tomou hein desembargador, podia passar o fim de ano sem mais esta.