da Banda B
A Justiça de Rio Negro, na região metropolitana de Curitiba, realiza nesta semana audiência sobre o assassinato do prefeito eleito de Piên, Loir Dreveck, morto em dezembro do ano passado. Com término previsto para esta sexta-feira (30), a sessão deve decidir se os quatro suspeitos do crime vão ou não a júri popular.
São acusados de encomendar o homicídio o ex-prefeito do município Gilberto Dranka, e o ex-presidente da Câmara de Vereadores Leonides Maahs, que teve o mandato cassado nesta terça-feira (27). Além deles, também foram presos Orvandir Arias Pedrini, que teria sido o intermediário entre os mandantes e o executor, e Amilton Padilha, suspeito de atirar contra a vítima.
O primo de Dreveck, Jenival Ribeiro, acompanha a audiência que acontece nesta semana. “Hoje eles estão na parte da argumentação. A defesa já falou em redução de pena e em evitar que o caso vá a júri popular. O Dranka inclusive diz que não está com a saúde mental em dia, querendo amenizar essa catástrofe”, afirmou ele em entrevista à Banda B.
Para ele, apesar da dor, aos poucos, a Justiça está sendo feita para a família da vítima. “Nós estamos alertas, contentes pelo trabalho da polícia, que foi muito eficaz. O que queremos agora é que eles sejam condenados e paguem por tudo o que fizeram. Não só pelo Loir, mas também pelo senhor que foi morto por engano antes dele, só pela semelhança da aparência”, completou Jenival.
Segundo ele, a família está confiante de que o caso vai a júri popular. “As coisas estão se encaminhando para que isso aconteça. Eu acredito na justiça. Nós estamos, inclusive, convocando todos os amigos e familiares para acompanhar o resultado final da audiência, na sexta-feira, no Fórum de Rio Negro”, finalizou.
O crime
Segundo as investigações, o crime teria sido motivado por desavença política, já que o prefeito eleito não atenderia as demandas do grupo de Dranka, como a distribuição de cargos e secretarias municipais.
Dreveck foi morto enquanto viajava para Santa Catarina, pela PR-420, no dia 17 de dezembro de 2016. Ele estava em um carro da prefeitura, com a família, quando foi surpreendido por um motociclista que disparou contra ele.