Pois, pois, o presidente em exercício Michel Temer cedeu a pressões de artistas, empresários, produtores, negociantes e afins e restabeleceu o Ministério da Cultura, instrumento do mecenato estatal usado para distribuição de verbas públicas, benesses, sinecuras e prebendas na área. A ínfima, mas ruidosa minoria que constitui a rede de interesses no setor venceu pela sua capacidade de usar a mídia para impor seu discurso de louvação da cultura nacional, como se ela existisse porque recebe benefícios do governo. À falta de muheres dispostas a assumir a pasta, Temer vai manter Marcelo Calero, diplomata anunciado na quarta como secretário nacional de Cultura.
O gesto de “conciliação” de Temer foi recebido pela oposição e pelos agentes culturais como vitória e demonstração de fraqueza do interino que apontaria para a possibilidade de fazê-lo recuar de outras decisões. Na área econômica, especialmente.
Ontem, músicos como Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Seu Jorge e Marcelo Jeneci participaram de um ato cultural no pilotis do Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro. O prédio, que já sediou o Ministério da Cultura e hoje abriga a Funarte, está ocupado em protesto contra a extinção da pasta.
A empresária e produtora Paula Lavigne, afirmou estar “contente” e classificou Marcelo Calero como alguém que “chegou bem, procurando as pessoas e querendo conversar”. Além delas, Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de Teatro (APTr), afirmou estar “muito feliz” com a “conquista” da classe artística.
Oposição tripudia
O líder do governo Dilma na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou ao G1 que a gestão Temer tem um “problema” porque “diz uma coisa de manhã, volta atrás à tarde e recua de novo à noite”. “É um governo que não mantém posições, quer dizer, age conforme a pressão. E agora, naturalmente, vão começar as pressões pelos ministérios das mulheres e do MDA [Desenvolvimento Agrário]. Um governo não pode ficar assim. Quando decidir alguma coisa, decide. Isso mostra que o governo interino tem dificuldades políticas de governar”, declarou Guimarães.
Marcelo Calero
O novo ministro da Cultura, o carioca Marcelo Calero, 33 anos, é diplomata, estudou no Colégio Santo Inácio e se formou em direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Tem passagens pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Petrobras. Em 2007, passou a atuar como diplomata e chegou a trabalhar na embaixada do Brasil no México.
Calero trabalhou na assessoria internacional da Prefeitura do Rio e chegou a acumular a Secretaria Municipal de Cultura e a presidência do Comitê Rio450, órgão criado para organizar a celebração do aniversário da cidade.
16 comentários
Começou a decepcionar. Logo que ele perceber que os agentes culturais petralhas estão esfregando cartazes de FORA TEMER bem em suas fuças, a reação dele vai ser cair fora como eles querem?
Decepcionante essa atitude. Como é que Temer agirá nos embates mais sérios (porque esse, de seriedade não tem nada)? Recuará? Obedecerá o cangaceiro do Senado? Ou a meia dúzia de artistas de novela e cantores acostumados a fazer sucesso com o dinheiro dos contribuintes?
FROUXO! Já na primeira cedeu! Com certeza tomará medidas duras contra o povo para custear o rombo da dilma. Ai é o povo que não poderá aceitar mais taxação, impostos, CPMF. FROUXO;
Lamentável, começou mal…
O recuo de Temer neste momento tão frágil do governo não soa
bem para a nação. É necessário pulso firme e a meta de rigor esta-
belecida não deve ser alterada. A extinção do Ministério da Cultura
já andava rondando na cabeça de muitos e há muito tempo. Agora
que houve o recuo, o governo tem que estabelecer regras rígidas
pelas verbas que são liberadas e “cuidar” do galinheiro, porque
caso contrário vai virar o mesmo que o MST. Olhem bem, as ina-
sões do estilo MST ainda continuam…
Se o governo Temer perder a confiança que o povo deposita nele
não vai conseguir levar o barco do seu time no rumo certo e a PTza-
da estão torcendo para que o naufrágio aconteça. O Tiririca estava
errado. Dizia ele:- Vote em mim. Pior do está não fica… e ficou !!!
Não esse o caminho, reveja.
Demonstra a “familiaridade” que tem com as coisas de governar um país como o Brasil, o conspirador-líder da corja que pegou o poder à força.
É como disse o Boechat, seu Campana: “Saiu uma quadrilha, entrou outra.”
Se comb uma pressãozia dessas já afrouchou o sutiã, imagiina quando tiver que começar a negociar com a corja do congresso…
MOSTROU SINAL DE FRAQUEZA? DANÇOU.
Diz um velho ditado que se queres saber como é um ser humano,
dê o poder em suas mãos. No mesmo raciocínio a recriação do
Ministério da Cultura colocou a classe de artistas a se declarar aber-
tamente o que achavam da sua extinção. Respeito a classe, porem
a grande totalidade fizeram a lavagem cerebral “a la PT” !!!
Quem quizer saber o que eu penso da recriação do Ministério da
Cultura pelo Temer vale a pena ver o pronunciamento do Jefferson
que é Presidente do PTB. Desde o momento que ele foi o denunci-
ante do mensalão, foi condenado tambem e hoje passando a ocu-
par novamente o cargo dentro do PTB, passa a imagem de uma
pessoa que apesar de tantas opiniões contrárias nunca mudou o
foco das suas afirmações. As últimas entrevistas (vide Roda Viva)
demonstra claramente que continua falando a verdade. E político
que fala a verdade eu respeito.
Faço fé nesse governo Temer, mas afirmo que uma Secretaria de Cultura teria o mesmo desempenho de um MINISTÉRIO, jamais Temer deveria recuar, deixa esses falsos brasileiros cultos que são, na realidade comunistas, travestidos de democratas. Que berrem a vontade, pois sempre existiu o MEC e agora teria a mesma função do que era antigamente. Nada de protelações e de indefinições Temer , pois ao voltar atrás está dando brecha para que os petistas, façam verdadeiras algazarras, com essa falta de firmeza que todo COMANDANTE de uma Nação deve ter. Não se pode contemporizar sempre é necessário de que faça medidas certas. Esses falsos cultos que estrilem e esgoelem a vontade. O que não pode é retroceder de atos programados.
Inseguro,fraco….não tem perfil para domar a crise, reagiu covardemente diante dos protestos de artistas que mamam nas tetas do governo.
Olham para o Jose SERRA, firme, personalidade,soube se impor como deveria diante das republiquetas.
Precisamos urgente de uma mão de ferro, destemido de se tornar impopular, a luta é pelo Brasil.
O Brasil vai de mal a pior.
A população tem culpa no cartório.
Os pseudo artistas brasileiros não entenderam nada ou entenderam tudo e fica contra o Brasil, mesmo assim.
Fora Caetanos, Gils, José de Abreu e outros comunas
Sem dúvida alguma o Temer perdeu a oportunidade de mostrar
força e determinação em seu governo. Ameaçar ou ir e dar marcha
ré dá sinais de fraqueza e nunca de diálogo. Ponto negativo !!!
Bastou a chiadeira de um bando de pseudo intelectuais sugadores de dinheiro público para o bundão ceder. Decepção Temer, decepção!