Tereza Cruvinel
Com a reforma ministerial que anuncia hoje, o governo da presidente Dilma passa a ter 32 ministérios. Ela prometeu acabar com dez mas acabou suprimindo apenas sete pastas. As fusões resultaram em alguns ministérios grandes e pesados, num sinal de que a compactação terá efeito mais simbólico que fiscal.
A reforma deve, porém, propiciar a Dilma, pelo menos imediatamente, os resultados políticos que ela buscou com a repactuação com o PMDB e partidos da coalizão governista: a melhora nas condições de governabilidade e o restabelecimento da maioria para aprovar medidas econômicas e enfrentar a ameaça de impeachment no Congresso. Com a conquista da sétima pasta, a de Ciência e Tecnologia, o PMDB parece estar novamente de bem com a vida e com Dilma.
Ela contentou as bancadas do Senado, da Câmara e a corrente ligada ao vice-presidente Michel Temer, embora exista no partido um núcleo duro de oposição que trabalha pela ruptura da aliança e tentará aprová-la num congresso em novembro. O novo pacto com as alas dominantes, entretanto, é sinal de que as adversidades do governo estão sendo superadas. Se a tentativa de impeachment estivesse firme no horizonte, não teria havido repactuação.
A reforma marca também o retorno do ex-presidente Lula ao núcleo decisório de Dilma. Ela voltou a ouvi-lo e ele voltou a ter figura de sua confiança em postos chaves do governo.
Uma mudança de grande efeito político, pela qual Lula vem brigando desde o início da crise, foi a troca de Aloysio Mercadante por Jacques Wagner na chefia do Gabinete Civil. Pelos conflitos que acumulou com o PMDB e principalmente com Temer, a presença de Mercadante no Planalto não mais ajudava Dilma, apesar de todo o apreço que ela tem por ele, que agora volta ao MEC.
O PT perdeu pastas que foram fundidas mas continuará tendo, dentro delas, secretarias fortes que serão verdadeiros sub-ministérios. No de Cidadania, por exemplo, continuarão tendo autonomia as secretarias da Mulher, Direitos Humanos e Igualdade Racial. No ministério de Trabalho e Previdência, a ser chefiado por Miguel Rossetto, as duas secretarias também serão bem distintas e ocupadas por petistas. A primeira pelo sindicalista José Lopes Feijó, ligado a Lula, e a segunda pelo atual ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas.
Confira o Ministério completo de Dilma, com os ministros agrupados pelos partidos da coalizão governista. Não estão na lista os titulares das pastas econômicas Fazenda (Joaquim Levy), Planejamento (Nelson Barbosa) e Banco Central (Alexandre Tombini), nem o Ministério das Relações Exteriores (Mauro Vieria) que não foram alvo da reforma. O mesmo vale para o titular da AGU, Luis Inácio Adams, e para o da CGU, Valdir Simão, que não compõem cotas partidárias.
Os ministérios marcados em vermelho foram os que sofreram troca de titulares ou mudança na estrutura.
PT
Ministros palacianos:
Gabinete Civil – Jacques Wagner
Secretaria-Geral +Coordenação política – Ricardo Berzoini
Comunicação Social – Edinho Silva
Ministros temáticos:
Justiça – José Eduardo Cardoso
Educação – Aloysio Mercadante
Previdência e Trabalho – Miguel Rossetto
Cidadania – Benedita da Silva
Desenvolvimento Agrário – Patrus Ananias
Desenvolvimento Social – Tereza Campelo
Meio Ambiente – Izabella Teixeira
Cultura – Juca Ferreira
PMDB
Agricultura – Katia Abreu
Ciência e Tecnologia – Celso Pansera
Minas e Energia – Eduardo Braga
Saúde – Marcelo de Castro
Turismo – Henrique Alves
Portos – Helder Barbalho
Aviação Civil – Eliseu Padilha
PDT
Comunicações – André Figueiredo
PC do B
Defesa – Aldo Rebelo
PSD
Cidades – Gilberto Kassab
Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos
PP
Integração Nacional – Gilberto Occhi
PTB
Desenvolvimento, Indústria e Comércio – Armando Monteiro
PR
Transportes – Antonio Carlos Rodrigues
PRB
Esportes – George Hilton
10 comentários
Já tivemos o “Mensalão, o Petrolão” e agora criaram uma outra forma de abduzir parlamentares, o ” Ministrão”
muita confusão para pouco resultado.
nivel caíu ainda mais destegoverno.
Pt.. ptzada, ptralhas
Collor quando já estava pela bola sete, montou um ministério de notáveis e medalhões para tentar se salvar da degola. Não deu certo. Talvez se tivesse montado um ministério de nulidades e rastaqueras, como fez Dilma, tivesse conseguido se salvar.
É ou não é uma casa de rampeiras este governo?
O país quebrado, sem perspectivas de melhora, devendo aquilo que quase não tem mais, corruptos por todos os lados, meu Deus tenha piedade do povo desta terra, não merecemos tanta sacanagem.
Pais quebrado onde o imbecil,o Pais segue e os cachorros ladram e sua oposição ai está vendo né,olha ai seu golpista o Cunha,não te da vergonha não????????
QUE REFORMA ?
A governanta fez a dança das cadeiras, tirou daqui e colocou ali , e segue o baile.
E OS 123 MIL COMISSIONADOS ? a fantoche devia cortar no mínimo a metade mas o baile do engana trouxa continua.
AH! mudou algo ; AUMENTOU OS IMPOSTOS
E VOCÊ PAGA A CONTA
SS, bunda tatuada, é claro que você não está quebrado porque, para defender esta camarilha do PT como você defende, é só participando do rateio do produto do roubo.
E tem mais uma, daqui para a frente o teu codinome será alterado para SS, bunda tatuada comissionada.
Reforma de quê?
For um puxadinho e olha lá.
De 39 só 8 ministérios fora?
E os cargos dos corruptos do PT, quem cai?
Respondo, vai cair só os tontos de outros partidos.
Todos partidos de vigaristas, vendilhões e golpistas que sugam e tramam contra a democracia e o Brasil.