Ao abrir a reunião com 27 governadores, hoje, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff defendeu seu mandato, deixando claro que, a despeito da ameaça de um impeachment, ficará no cargo até 2018. Em discurso que durou 32 minutos, a presidente afirmou que o país passa por um período de transição, e que o pior já passou. No início da fala, Dilma fez uma espécie de mea culpa e atribuiu o não cumprimento de promessas eleitorais a fatores como a crise internacional, a queda nos preços das commodities e a desvalorização do real frente ao dólar, que ajudou a aumentar a inflação. As informações são de O Globo.
— Temos um patrimônio em comum, expresso no fato de todos nós termos sidos eleitos num processo democrático bastante amplo no nosso país e todos nós temos esse dever em relação à democracia e ao voto democrático e popular. Nas últimas eleições, assumimos compromissos perante os eleitores, expressos nos nossos planos de governo de quatro anos, portanto, até 2018 — afirmou.
Dirigindo-se aos governadores, a presidente da República conclamou a todos para uma série de iniciativas, como a reforma do ICMS que, segundo ela, embora seja de ordem microeconômica, terá repercussões macroeconômicas para o crescimento e para a geração de empregos.
— Conto com vocês. Quero dizer, do fundo do coração, que vocês podem contar comigo. Há muito que nós sabemos que o Brasil se passa nos estados e nos municípios. Se nós não tivermos um projeto de cooperação federativa, em que nos articulemos e façamos com que ela dê frutos e resultados, não estaremos trilhando o bom caminho. O bom caminho é aquele da cooperação.
Segundo a presidente, tanto ela como os demais governadores eleitos fizeram suas campanhas em uma conjuntura bem mais favorável do que a atual. Destacou que, a partir de agosto de 2014, houve um fato importante no cenário internacional: o colapso nos preços das commodities — principais itens da pauta brasileira de exportações, como minério de ferro, soja e petróleo. Esse colapso foi acompanhado por uma grande desvalorização do real, com impacto sobre preços e inflação, acrescentou.
— O que estou falando não é desculpa pra ninguém. Nós, como governantes que somos, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com nós, como governantes que somos, não podemos nos dar o luxo de não ver a realidade com olhos muitos claros.
Dilma também citou a seca no Nordeste e no Sudeste, a forte queda na arrecadação de impostos e os consequentes cortes no Orçamento. Mas enfatizou que, hoje, a economia brasileira está mais forte.
— Quero dizer a vocês hoje que a economia brasileira é mais forte, mais sólida e mais resiliente do que era há anos, quando enfrentou crises similares. Não nego as dificuldades, mas imagino que temos todas as condições de superar as dificuldades e enfrentar desafios. Queremos construir bases estruturais para um novo ciclo de desenvolvimento.
A presidente apelou ao governadores para que apresentem projetos do plano de infraestrutura e logística, para o período de 2015 a 2018. Segundo ela, alguns já sugeriram projetos em seus estados.
— O que nós queremos agora é que essa carteira de projetos seja estruturada, porque nós sabemos que os investimentos levam tempo para maturar — disse.
Segundo a presidente, a expectativa é que a inflação comece a cair a partir do próximo ano. Para ela, a combinação de redução de inflação com equilíbrio fiscal vai criar as bases para um novo ciclo de expansão do crédito e contribuirá para um incremento do consumo das famílias. Essas são as bases, conforme Dilma, para um novo ciclo de crescimento.
A presidente contou que o governador de Rondônia lhe disse que faz ajuste fiscal diário, porque tem uma superintendente que controla diariamente os gastos do estado.
— Vejo o riso no rosto do Joaquim Levy — brincou Dilma.
SEGURANÇA PÚBLICA
No encontro, a presidente propôs uma pacto nacional para redução de homicídios dolosos. Segundo Dilma, os estados e a União precisam desenvolver políticas de segurança e sociais. Outro ponto sugerido pela presidente foi a redução do déficit carcerário. Segundo ela, a população carcerária brasileira cresce 7% ao ano. Hoje são 700 mil detentos, mas 376 mil vagas. Cardozo fará uma exposição a respeito.
Afif Domingos também apresentará o programa Pronatec Aprendiz e Padilha mostrará os projetos em tramitação no Congresso, com impacto nas contas dos estados e da União.
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Ao finalizar seu discurso, disse que o país vive um “ano de travessia”, e que o Brasil voltará a crescer “com todo nosso potencial”.
— Nós sabemos que o povo está sofrendo, e que nenhum governante pode se acomodar — declarou.
A presidente recebeu os governadores na entrada do Alvorada, cumprimentou um a um e ficou um bom tempo conversando com o governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB). Em seguida, eles fizeram a foto oficial do encontro. Além da presidente, o vice Michel Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Arthur Chioro (Saúde), Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades) e Edinho Silva (Comunicação Social).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/dilma-faz-mea-culpa-em-reuniao-com-governadores-17020571#ixzz3hPLT4j1q
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13 comentários
Se somarmos pela justica Divina,quantos anos de cadeia para este grupo???
E o povo que se lixe….
Só dois países da América Latina terão PIB negativo em 2015:Brasil e Venezuela.Até a catastrófica Aregentina terá PIB positivo.Aí vem a Dilma com mais uma mentira afirmando que a culpa é da crise internacional.
Só temos um culpado por essa grande crise em que estamos vivendo: política econômica do Mantega/Barbosa sob a coordenação e mentoria da Dilma.
Eles sempre tentam enganar as pessoas mais humildes com mentiras deslavadas.
GOVERNADORES TAMBÉM ESTÃO PREOCUPADOS…SE A DILMONA CAIR…ABRE PRECEDENTE PARA ELES TAMBÉM! NÃO SOBRA UM DESSES AI NA FOTO….TUDO FARINHA DO MESMO SACO…
GOVERNADORES DILMONA CAIR…ABRE PRECEDENTE PARA ELES TAMBÉM! NÃO SOBRA UM DESSES AI NA FOTO….TUDO FARINHA DO MESMO SACO…
Mea culpa diante dos governadores, jogando a culpa na crise internacional, é querer dizer, “vocês são um bando de otários”.
Quase todos os países, uns mais outros menos, mas estão em crescimento. E nós? Ladeira abaixo. Inflação em alta, juros de matar, desemprego, inadimplência, corrupção, eu não sabia, a culpa é deles, ajuste fiscal no rabo do povo, etc..
Eta coração valente para culpar os outros. Porque esta mentirosa não vem a pública e diga com todas as letras: Eu menti, eu enganei vocês brasileiros para simplesmente vencer as eleições e dessa forma poder manter as tetas que alimentam eu, meus amigos e o pt.
Eles estão rindo do que mesmo? Em tempo, não houve “mea culpa”, o discurso é o mesmo, culpa-se fatores externos e esconde-se a própria incompetência. E estes governadores acompanham o teatro… Lamentável.
Apelegaram bando de tucanos choldras ****%$%$*****$ estão todos em sintonia com %$$ §&*#@*** dil – mandioca !!!
A desculpa não poderia ser outra, é sempre este maldito inimigo externo nos perseguindo, esta marcação cerrada que fazem sobre nós, pobres brasileiros. Só faltou dar os nomes dos causadores desta maldita crise internacional , que parece ter sido engendrada especialmente para nos ferrar. Felizmente desta vez a Mulher Sapiens foi suficientemente sapiente para não tentar algo de novo.
Alguém pergunte para Betinho – este monumento de inteligência política – o que o Paraná ganhou com seu (de Beto) ato de rastejar diante da jumanta do Planalto, além de receber “aula” de administração pública às avessas daquela energúmena?!!!!
Essa mulher está afundando o Brasil…
OS OTÁRIOS VÃO PAGAR A CONTA QUE A DENTUÇA FEZ PARA
SE ELEGER EM 2014. A BRONCA AGORA VEM PARA OS ESTADOS.
MANDA CORTAR OS MINISTÉRIOS, TEM SÓ 39 PARA ACOMODAR OS
COMPANHEIROS, ESSE PAÍS NÃO É SÉRIO, E ESSE GOVERNO NÃO TEM VERGONHA. OS BILHÕES QUE ROUBARAM ACERTAVA TUDO.
Que medo dessa gangue!!!De utentes do dinheiro público!