A essa altura, aos deputados do governo e da oposição que aprovaram a Medida Provisória 665 do ajuste fiscal só resta uma coisa a fazer: aprovar a Medida Provisória 664, também do ajuste, e torcer para que o governo cumpra o que prometeu.
O governo prometeu distribuir cargos do segundo e do terceiro escalão entre aqueles que lhe foram fieis. Desconfiados, os fieis queriam receber os cargos antes da votação da 664. Caso não recebessem, ameaçavam votar para reprová-la.
Mas de que adiantaria? Ao fim e ao cabo, ficariam sem os cargos que tanto querem. De resto, reconhecem que não haveria tempo para o governo entregar os cargos antes da votação da 664, marcada para a próxima semana. O jeito, portanto, é confiar.
A primeira leva de cargos contempla cerca de 150 deles. Cada afilhado de deputado empregado se compromete a tirar vantagem do cargo arranjando negócios para seu padrinho. Os negócios podem ser limpos, sujos ou suspeitos. Quase sempre são sujos.
O governo está cansado de saber disso. Mas finge que não. Quando estoura um novo caso de corrupção, o governo alega ser inocente. E garante que não ficará pedra sobre pedra, doa em quem doer, até que tudo seja apurado. É o que se vê a todo instante.
É o que continuará se vendo.
2 comentários
No Brasil do lulopetismo os bandidos sempre vencem e o crime (de colarinho sujo) compensa, sobretudo se forem políticos. Do mensalão, afora os empresários, todos os políticos estão fora da jaula.
Adoro este Governo, sempre há lugar para mais um, filho, parente ou amigo de deputado ou senador só fica sem emprego se quiser. E depois o povo reclama que a coisa não anda no Serviço Público.