O juiz federal Sergio Moro decretou ontem a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Cerveró foi preso temporariamente no último dia 14, com prazo até sábado (24). A denúncia contra ele aponta crimes cometidos em três contextos, sendo dois durante seu período na diretoria da estatal (2003-08). O Ministério Público Federal acusa Cerveró de receber cerca de US$ 40 milhões em propina para favorecer a contratação pela Petrobras da empresa Samsung Heavy Industries para fornecimento de navios-sonda de perfuração de águas profundas. As informações são da Folha de S. Paulo.
A vantagem teria sido intermediada por Fernando Soares, apelidado Fernando Baiano. Em sua delação, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, também réu na Lava Jato, disse que foi Cerveró quem o apresentou a Baiano, “que tinha forte atuação como lobista na diretoria Internacional, representando interesses do PMDB”.
Costa afirmou ainda que parte da propina cobrada por diretores iria a agentes da Petrobras e a partidos. Questionado se Cerveró também recebia dinheiro, Costa foi direto: “claro que sim”. A segunda justificativa de Moro para decretar a prisão é a investigação, pela Justiça Federal de Rio de Janeiro, da compra superfaturada da refinaria de Pasadena, no EUA.
O TCU (Tribunal de Contas da União) estimou que a compra resultou num prejuízo de US$ 792 milhões. Cerveró é apontado como o principal responsável pelo negócio. Também chamou a atenção de Moro que, “mesmo após a notoriedade adquirida pelas investigações criminais em torno de sua gestão”, o ex-diretor tenha cometido outras práticas suspeitas.
Ele citou a transferência de imóveis a filhos, um resgate não esclarecido de um plano de previdência, a ocultação da propriedade de uma empresa no Uruguai e, ainda, a simulação de um contrato de aluguel com essa firma. Para Moro, as operações caracterizam, em tese, novos crimes de lavagem de dinheiro. Ele lembra que Cerveró tem dupla acionalidade – brasileira e espanhola–, e poderia estar preparando uma fuga.
5 comentários
Agora pegaram de vez o Linguado.
Pegaram de vez o Linguado.
Com toda a riqueza da nossa língua portuguesa, faltam ainda adjetivos que dimensionam a canalhice desse indivíduo e de todos os outros que participaram e participam dessa quadrilha criminosa que devastou as finanças do nosso País.
Este olhar do Ceveró – um olho no gato e outro no rato-, me faz lembrar, a história de um Rei da França que tinha o mesmo olhar, acho que foi Luís XVI, e quando recebia a plebe na Corte, ninguém sabia para aonde olhava e com quem falava.
Taca-le pau Dr. Sergio Moro véio.