O Brasil conseguiu erradicar doenças como a varíola e a poliomielite com programas de vacinação realizados com êxito durante 40 anos.
Os bons resultados em planejamento, organização, método e continuidade garantiram ao Programa Nacional de Imunização um status de anomalia no caótico sistema brasileiro de saúde pública. Exemplo: a prevenção contra sarampo, difteria, tétano e coqueluche alcançou 98% da população exposta.
Agora, a desorganização que prevalece na rede de serviços públicos e drena recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) ameaça contaminar o programa de prevenção a doenças transmissíveis. O país enfrenta um racionamento inédito e dissimulado na distribuição de vacinas e soros a todos os estados.
Sete semanas atrás o Ministério da Saúde jogou a toalha: o governo “tem conseguido atender a distribuição de alguns (produtos) imunobiológicos com regularidade” — confessou a Secretaria de Vigilância em mensagem (Comunicado 59/2014) aos coordenadores estaduais do programa de imunização.
O governo federal centraliza o planejamento, organiza a produção, compra e distribui vacinas e soros. Os estados fazem a partilha aos municípios, que se encarregam da vacinação nos postos de saúde. Na emergência, adotou-se um sistema de cotas. Cidades médias que recebiam oito mil doses de vacina dupla para adultos, por exemplo, estão limitadas a 1.600 doses mensais.
Leia a íntegra em Racionamento na Saúde
5 comentários
muitas coisas estão um horror, e qto mais pobre, já sabe, pior o atendimento, e aí por diante
É que nós temos uma excelente gerente no comando do nosso pobre País.
De sorte que o sistema de distribuição de vacinas é centralizado, senão iria acontecer no país todo o que aconteceu aqui no Paraná no início desse ano, onde o estado deixou de distribuir medicações em vários postos de saúde do estado.
Este é o País da maior de todas as copas. Recursos necessários para a manutenção da saúde, educação e segurança, estão sendo desviados para a construção de estádios, e superfaturados para o enriquecimento de alguns e campanha politica de outros.
É o exemplo explícito da incompetência, do descaso, e o resultado do aparelhamento do Ministério da Saúde. Técnicos e profissionais de carreira foram substituídos por membros do partido dos trabalhadores.