Luiz Geraldo Mazza, na Folha de Londrina
O circo do metrô (o único e verdadeiro é aquela casa de espetáculos da avenida Cabral) vai ser em fascículos que nem novela. A revelação da tarifa técnica é a maior prova de açodamento e demagogia: em primeiro lugar por ter sido fixada em valor inferior à “calculada” pelo prefeito Ducci e, como dizia Cantinflas, segundamente por ser gerada sem a mínima noção de custos.
O metrô de Curitiba está para o trem-bala da Dilma na mesma proporção e também por ser desdobrado em capítulos e num deles os consórcios interessados queriam que a apropriação dos custos fosse feita como se os vagões operassem absolutamente vazios. É o capitalismo à brasileira como se viu também nos aeroportos e na Copa onde a grana pública é mais sustanciosa que a particular.
Há um halo que cerca os heróis, santos e dirigentes políticos como se dava com Juscelino: você sentia nele a determinação dos patriarcas bíblicos quando desenhava no horizonte não apenas Brasília, mas a chegada das montadoras e tudo o mais. Não detecto essa luz quando avisto os dirigentes atuais envolvidos com a buraqueira da cidade, as calçadas estouradas, os rios podres, o empurrar com a barriga o problema do lixo, enfim os que se batem com a interminável Linha Verde (e quando pronta será seguramente pior) e as cenas de comédia pastelão da nossa engenharia com o singelo desalinhamento das estações-tubo que parece uma cena dirigida pelo Jerry Lewis.
4 comentários
O Presidente do Ippuc(Arqto.)+o Presidente da Urbs(Eng.) não podem falar, pois quem dita as regras da obra é um economista, o atual Secretário de Planejamento que é um “expert” em Metrô, conhece tudo.Um espanto.O pessoal do CAU/Cons.Arqt.e Urbanismo não sabem o que dizer, pois no fundo,no fundo dizem o Metrô vai ser jóia, um brinco para Curitiba Esperar pra ver, a fita será cortada em 2022.
Curitiba é a “CIDADE DOS ÔNIBUS ” .
Não há rua nesta cidade onde não passem algumas centenas diariamente…
Não há asfalto que resista , pois é biarticulado por toda cidade .
Ruas que há alguns anos eram estritamente residenciais , se tornaram canaletas, onde os referidos interditam o tráfego andando lado a lado , ou parando nos pontos (incrível: o motorista é o cobrador).
A quem interessa buracos nas ruas , que não acabam nunca ?
É óbvio que além das empresas de ônibus , muitos outros setores não querem o Metrô.
Vamos inventar o (hibri)ULTRASUPERMEGAHIPERMULTI- ARTICULADO , e mostrar ao mundo que Curitiba não é Circo ……
O Mazza não USA ônibus na hora em que está lotado não é verdade?
Mazza usa ônibus sim.
Mas não na hora em que O POVO se espreme pior do que gado em dia de CALOR sem ar condicionado.
Vero?
É gozação mesmo…Como a Copa iria revolucionar a infraestrutura das Cidades… Os preços das obras duplicaram e os clubes estão na maior mordomia. Seus estádios construídos com verba pública…
O Metrô de Curitiba, seguirá o mesmo caminho…Dizem a boca pequena, que o no corredor dos bi-articulados, serão construídos “elevados” para os mono-trilhos. Em baixo os bi e em cima o Mono. Até parece novela dos diretores da Globo…..