O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, afirmou ontem que não deve explicações sobre a compra de um imóvel em Miami (EUA) e que é um “cidadão correto”. “Comprei com o meu dinheiro, tirei da minha conta bancária, enviei pelos meios legais. Não tenho contas a prestar a esses politiqueiros”, afirmou após sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O procedimento começou a ser questionado por magistrados.
O ministro se recusou a fornecer informações sobre o custo do apartamento. O imóvel foi adquirido no ano passado, segundo informação do jornal Folha de S.Paulo. Barbosa abriu uma empresa – a Assas JB Corp. – ao fazer a transação. Pela legislação da Flórida, o governo detém 48% do valor do imóvel se o bem for transferido a herdeiro do comprador (pessoa física). Não há, portanto, retenção de impostos caso a transferência seja feita a pessoa jurídica.
Ontem, Barbosa, que passou a ser incluído em sondagens de pesquisas eleitorais à Presidência para 2014 após ver a popularidade aumentar com o julgamento do mensalão no Supremo, afirmou que seus críticos deveriam se preocupar com o desvio de recursos públicos e não com seus investimentos. “Aqueles que estão preocupados com as minhas opções de investimento feitas com os meus vencimentos, com os meus ganhos legais e regulares, deveriam estar preocupados com questões muito mais graves que ocorrem no País, especialmente com os assaltos ao patrimônio público”, disse. “Essa deveria ser a preocupação principal, e não tentar atacar aqueles que agem corretamente, que nada devem.”
Ação. Os advogados paraenses Ismael Moraes e Marcelo Dantas ingressaram na Justiça Federal de Belém com uma ação popular, com pedido de tutela antecipada, contra Barbosa. Eles acusam o presidente do STF de prática “vedada pela legislação”. “Como servidor público, o ministro só poderia destinar o imóvel para fim exclusivamente residencial”, diz Moraes. Segundo ele, Barbosa estaria se utilizando de uma “ficção” para reduzir ou suprimir pagamento de tributo. “Caso a empresa não exista, e seja artifício contábil-tributário, configura-se falsidade ideológica. Caso exista, em tese seria improbidade administrativa, passível de pelo menos investigação”, sustenta Moraes. / COLABOROU CARLOS MENDES, ESPECIAL PARA O ESTADO
10 comentários
Presidenciável? Não ganha nem do F Campos e nem do Aécio…
Muito bem! A canalha persiste em atacar o Ministro. O porcos chafurdam na lama e querem aumentar o seu espaço.
Este País vai ser podre para sempre…
Parabéns Ministro Joaquim Barbosa. Não deixe que politiqueiros atingem a sua reputação. O Brasil já aprendeu a respeitar e admirá-lo pela sua conduta ética e moral. Não é meia dúzia de sacatrapos que vai conseguir desonrá-lo. Continue a agir com rigor e dentro da lei e seja exemplos para os políticos corruptos de como trabalhar com honestidade. O povo está de olho nos malandros.
É isso mesmo Joaquim, manda esses corruptos plantar batatas. Pelo fato da estarem acostumados com maracutaia, pensa que todos são iguais. Bota pra ferver Joaquinzão!
-Mas e a sociedade????
-Repito novamente: nem tudo que é legal, é moral????
-Como ficaria sua credibilidade frente a opinião de toda a sociedade brasileira?????
Quem não deve não teme, não é mesmo JB? Então porque ficar dando tanta satisfação? Mas até agora Vossa Excelência não explicou porque criou aquela firma lá nos States para comprar o tal apê. Porque mesmo?
Simples.
Contra fatos não há argumentos.
Aplique-se a Lei .
Todos que acusam o Ministro deveriam primeiro entrar com tudo contra os
políticos de Brasília que roubam de cara lavada e absolutamente ninguem
bate de frente. Medo !? Rabo preso !?
Pelo que li as transações foram realizadas dentro da lei e fim de papo !!!
Isso ae batman, mostra pra eles…
Esses advogados querem apenas deveriam se preocupar com os políticos desonestos e não com com o ministro Joaquim Barbosa que fez tudo rigorasamente dentro da lei. Não tentem senhores doutores(?), desmoralizar um dos poucos homens públicos sério, honesto e corajoso deste país.