Do G1 PR:
O empresário libanês preso em Curitiba por suspeita de aplicar golpes contra empresas da indústria têxtil negou ter envolvimento com o partido político xiita Hezbollah. A versão dele foi dita à Polícia Civil em depoimento, na tarde desta terça-feira (21).
A suspeita começou após a Polícia Civil receber documentos do Departamento de Justiça norteamericano que ligavam o empresário ao grupo, que é acusado pelo governo dos Estados Unidos de fomentar atos terroristas contra aliados de Israel. O Hezbollah atua principalmente no Irã, na Síria e no Líbano.
De acordo com o delegado Cassiano Aufieiro, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), o libanês foi confrontado com a documentação enviada à polícia. “Ele confirmou algumas informações como a propriedade da Casa Hamze, na Galeria Pajé, no Paraguai”, contou o delegado. Apesar dessas confirmações, o empresário negou ter repassado dinheiro ao Hezbollah.
Aufieiro afirmou que não há provas contundentes da ligação do empresário ao grupo islâmico. Contudo, disse que vai encaminhar o caso à Polícia Federal, para que eles investiguem as acusações do governo norteamericano.
Golpes
A única suspeita confirmada até o momento é em relação aos golpes que, segundo a polícia, ele aplicou contra os empresários. Na versão dos policiais, o libanês, que mantém lojas de roupas em Curitiba, comprava as mercadorias nas fábricas e não pagava os fornecedores.
Ao todo, 20 empresários do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais foram vítimas do libanês. O golpe era aplicado há um ano e causou R$ 10 milhões em prejuízos às vítimas. O empresário ainda não tem advogado constituído, que possa comentar as acusações da polícia.
Para completar o golpe, o libanês abria empresas em nome de outros compatriotas, que vinham morar no Brasil. De acordo com os policiais, ele fazia as compras das roupas em nome das empresas de fachada e não pagava. Em seguida, as lojas dele compravam as roupas das empresas falsas, por valores abaixo do preço de mercado, o que lhe permitia vender mais barato que a concorrência.
Além de ter sido preso, o libanês teve as duas lojas em Curitiba lacradas pela polícia. Nesta segunda-feira (20), ele continuava detido no 12º Distrito Policial. O homem vai responder por receptação, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
3 comentários
Em Guantânamo,
Quem sabe.
-Este vai direto de Curitiba para Guantânamo e vai apanhar todo santo dia até deletar tudo o que sabe e o que não sabe…ou alguém acha que os americanos dão bola para a pastoral carcerária, ativistas dos direitos humanos ou aquela famosa ong Viva Rio????
Num tem nome o brimo?