Vera Rosa, Estadão
A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, no ano que vem, será ancorada por um tripé de apelo popular, “traduzido” pelo Palácio do Planalto como “energia/comida/juros”. A um ano e meio da disputa, o marketing eleitoral dita a agenda da presidente e vai embalar o programa do PT, a ser exibido em rede nacional de TV no dia 9 de maio.
Cortes de impostos, queda dos juros e redução da conta de luz terão destaque no cardápio petista para o segundo mandato de Dilma, se tudo correr como o script previsto pelo Planalto. A estratégia é mostrar que a desoneração dos produtos da cesta básica, a tesourada nos juros, hoje em 7,25% ao ano, e a diminuição do preço da energia elétrica fazem parte de um pacote para promover a distribuição de renda e transformar o Brasil em um país de classe média.
6 comentários
Caro FÁBIO, o eleitor deverá ficar orgulhoso e satisfeito com as promessas do grupo LULLO-petista de avaliar com carinho o tri-pé da próxima campanha eleitoral, porém deve ficar alerta com essa proposta, pois deve-se manter atento, pois com o agricultor de baixa renda essas medidas somente veem como castigo, pois o país já importou 240.000 tons de feijão da CHINA e vem mais, para manter o preço baixo e complementar a cesta básica para a população urbana, aquela mesma cesta desonerada. Até quando o eleitor vai ingulir essas bravatas. Sempre tem alguém pagando o almoço, ninguém come de graça. Atenciosamente.
Apoios de três pés não são estáveis. Falta o mais importante: inflação. Inflação baixa é a meta mais importante se dona Dilma quer se reeleger. A inflação sob controle e baixa é a garantia do poder aquisitivo e da estabilidade social. Ela funciona como um imposto sobre os salarios e beneficia apenas o fisco, que arrecada mais sem fazer esforço. Todas as benesses fiscais e outras demagogias do gênero, se anulam com a inflação. Dilma, que se diz economista, deve ter estudado em Marte, na mesma classe de Mantega.
Dilma enfrenta a pátria rentista: mídia uiva.
Uma dia de estupefação e revolta no circuito formado pelos professores banqueiros, os consultores e a mídia que os vocaliza.
Na reunião dos Brics, na África do Sul, nesta 4ª feira, a presidenta Dilma afirmou que não elevará a ração dos juros reivindicada pelos batalhões rentistas, a pretexto de combater a inflação.
A reação instantânea das sirenes evidencia a cepa de origem a unir o conjunto à afinada ciranda de interesses que arrasta US$ 600 trilhões em derivativos pelo planeta.
Apelo popular?
REALIDADE!
Lula, sabendo das limitações da Postedente, recomendou-a abster-se de entrar no campo da economia. Ela desobedeceu e deu no que deu. Falou, desdisse e culpou os ouvintes.
Eita pêga!
Quer dizer, o negócio é abaixar os juros, a inflação e o povo que se fod@m.