Ora, pois, a moda agora é ficar neutro. Beto Richa, Barbosa Neto, Luciano Ducci, Marcos Isfer, se apressam a declarar neutralidade. Ou seja, fazer política sem definição, ficar invisível ou esconder a cabeça enquanto espera a tempestade passar. Mais confortável? Sim. De imediato, não há dúvida. É como pedir para não ser tocado. A médio prazo, pode ser muito constragedor como prova de personalidade sem ousadia, sem determinação para enfrentar as circunstâncias. A longo prazo, como dizia Keynes, estaremos todos mortos.
No plano pessoal, um governador ou outro político qualquer que ao sair da derrota declare publicamente sua neutralidade em eleição de segundo turno, va lá. Mas partido político se dizer neutro é coisa nova, pois se mostra pusilâmine e desnecessário, ao indicar aos seus seguidores que não tem posição, que está completamente fora do jogo. São os tempos da oclocracia brasileira e partidos neste regime só valem como cartórios de tempo de tv.
3 comentários
Neutralidade só existe na química e, mesmo assim, em laboratório. Em política neutralidade é quimera. Nesta direção, o ancião e trôpego senador paranaense tem razão, quando diz que campanha de alto nível é para quem rabo preso. Neutralidade é para quem tem o rabo e o resto preso.
Na mosca.
Fábio,
Não há o que se falar em neutro, ou qualquer outra posição.
O PPS só irá reunir-se segunda-feira à noite.
A posição sempre é partidária e não individual.
Att, Marcos Isfer