Do Valor:
Apesar da ênfase dada pela presidente Dilma Rousseff, os investimentos públicos no setor de transportes não estão saindo do papel. A execução orçamentária nos primeiros cinco meses do ano está bem aquém da autorizada pelo governo, que conta com esses gastos para impulsionar a economia.
Informações do Sistema de Administração Financeira do governo federal, compiladas por Carlos Campos, coordenador de infraestrutura do Ipea, mostram que, dos R$ 13,661 bilhões autorizados para investimento em rodovias em 2012, apenas R$ 2,543 bilhões (18,6%) foram gastos até maio. A situação é ainda mais crítica quando se verifica que apenas 7% desse desembolso – R$ 197,4 milhões – diz respeito a despesas do orçamento deste ano. Os demais 93% são restos a pagar de anos anteriores.
No setor ferroviário, o desembolso é ainda menor. O governo autorizou orçamento de R$ 2,776 bilhões, mas até maio só R$ 239,7 milhões (8% do total) foram utilizados. Nos gastos efetuados nessa área, repete-se o quadro das estradas: apenas 6% referem-se a despesas deste exercício.
No setor hidroviário, foram efetivamente desembolsados 27,16% (R$ 223 milhões) dos recursos orçados. Nos aeroportos, os gastos até abril foram proporcionalmente maiores (84,75% do total), mas os valores aplicados diretamente pela União são modestos – o investimento total previsto para 2012 é de R$ 223 milhões. “Vivemos uma situação curiosa. Talvez seja a primeira vez na história econômica do país em que temos uma forte disponibilidade de recursos para investimento, mas o dinheiro só é parcialmente utilizado por causa das dificuldades burocráticas e administrativas que enfrentamos”, diz Campos.
A explicação para o fracasso na execução orçamentária, diz o especialista do Ipea, são os projetos de engenharia malfeitos, os atrasos no licenciamento ambiental, a rigidez da lei de licitações e a demora nas desapropriações.
Mais informações na Página A6 do Valor.
6 comentários
Quantos bilhões mesmo Curitiba recebeu para o Metro?
Do partido das promessas e promessas , nada, poderíamos esperar.
Eu já disse que não terminam nem o Contorno Norte de Maringá… Não se deixem enganar com o Metrô de Curitiba.
Greca está “terrivelmente” coberto de razão, quando diz dos valores para se ter um metrô “enterrado” em Curitiba, sem contar os gastos, que para 123 km de metrô enterrado, constrói se 75 km de metrô suspenso. Ou o povo de Curitiba é surdo ou cego.
A saber, que será gasto 2,250 milhões, ou seja, dois bilhões e duzentos e cinquenta milhões de reais, esse vai ser o custo de “parte”, dessa tão sonhada obra. Fui claro, ou precisamos escrever para todos os curitibanos.
Enquanto isso já gastamos mais de 2 BILHÕES no Haiti…..apesar de achar que eles também mereçam receber recursos, mas de países ricos!!!!