‘Folha’ diz que deputado recebeu R$ 175 mil de empresário preso pela PF. Em nota, PPS afirma que ele terá uma semana para explicar caso.
Do G1, em Brasília:
O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) pediu, por meio de nota divulgada neste sábado (31), licença temporária do PPS e dos cargos e funções que ocupa no partido. O pedido se deve à denúncia publicada no jornal “Folha de S.Paulo” de que o deputado recebeu, no ano passado, R$ 175 mil de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.
Conforme nota do deputado divulgada pelo PPS, o afastamento será “até que todos os fatos sejam apurados e esclarecidos” – veja íntegra da nota no fim da reportagem.Também neste sábado, depois do pedido de afastamento, o PPS divulgou nota em que afirma que pedirá explicações formais, por meio de seu Conselho de Ética, a Stepan Nercessian. O partido afirma que o parlamentar tem uma semana para enviar as explicações à legenda.
De acordo com o texto, em gravações da Operação Monte Carlo, da PF, o deputado admitiu ter recebido de Cachoeira um depósito de R$ 160 mil em 17 de junho de 2011. Nercessian afirma que o dinheiro seria usado para garantir a compra de um apartamento no Rio de Janeiro, avaliado em R$ 500 mil.
O valor, porém, foi devolvido três dias depois por meio de um depósito na conta de uma empresa do grupo de Cachoeira. O jornal afirma que o deputado enviou extrato que comprova o repasse.
Segundo a reportagem, o deputado afirma que recorreu a Cachoeira, de quem é amigo, porque teve medo que um empréstimo pedido a um banco não fosse aprovado a tempo de concretizar a compra do apartamento. Como o empréstimo saiu, diz Nercessian, o dinheiro foi devolvido.Ainda de acordo com o jornal, o deputado admitiu ter recebido outros R$ 15 mil de Cachoeira. O dinheiro, diz, foi usado na compra de ingressos do Carnaval do Rio para Cachoeira.
Veja abaixo a íntegra da carta de Stepan Nercessian ao PPS:
“Ao Partido Popular Socialista,
Direção Nacional
Sr. Presidente Roberto FreireTendo o meu nome aparecido nas gravações que investigam a relação do Sr. Carlos Ramos, Carlinhos Cachoeira, com parlamentares do Senado e da Câmara, solicito licença temporária do PPS, bem como de todos os cargos e funções que ocupo no mesmo. Coloco-me também,desde já, a disposição do Conselho de Ética do Partido.
Solicito também que o PPS, me substitua na Comissão de Segurança Publica e Combate ao Crime Organizado da Camara dos Deputados, tendo em vista que essa Comissão participará das investigações que envolvem o caso Carlinhos Cachoeira.
Para tranquilizar, se possível, aos companheiros do PPS, quero lembrar que sou nascido no Estado de Goiás, onde tenho uma legião grandiosa de amigos, familiares e conhecidos e que minha amizade com Carlinho Cachoeira dura mais de 15 anos, antes portanto de ter exercido mandato parlamentar e que nossas relações jamais envolveram negócios ou relações políticas.
Faço isso pelo profundo respeito que tenho a história do PPS e de seus militantes e desde já lamento profundamente que nosso Partido apareça, por responsabilidade minha, em assunto que não lhe diz respeito.
Atenciosamente,
Stepan Nercessian – Deputado Federal -RJ”
10 comentários
OPOSIÇÃO EM EXTINÇÃO!
SALVEM O DEM
O primeiro sinal foi dado nas últimas eleições parlamentares. Nomes importantes da oposição, como Heráclito Fortes e Luis Carlos Aleluia, do DEM; Arthur Virgilio e Tasso Jereissati, do PSDB, não foram reeleitos.
Em seguida, como todo rato que abandona o navio na iminência do naufrágio, o prefeito de São Paulo, Esperto Kassab, se mandou para fundar novo partido.
Agora, diante de provas contundentes contra Demóstenes “Paladino” Torres – que molhou a mão na cachoeira do bicheiro – e contra Agripino “Fumaça” Maia, envolvido até o pescoço com propinas de uma empresa que ganhou a licitação para a inspeção de veículos em Natal/RN, coisa de 1 bilhão de Reais … a oposição está sumindo.
Resta, todavia, ACM “Chaveirinho” Neto que nunca poderá ser condenado por ser di-menor.
É preciso que a sociedade brasileira se mobilize para salvar o DEM, visto que grande parte da velha midia sobrevive destas figuras! É preciso garantir o emprego de centenas de jornalistas da veja, da folha, do estadão, do globo …
Vamos ver a atitude do LIMPINHO.
A participação de bicheiros no caixa das autoridades e candidatos é escancarada pois todo mundo sabe.
Vejamos no nosso Paraná: o jogo do bicho rola solto desde sempre. O Governador Requião ironizou o povo num programa de televisão quando lhe foi perguntado porque não tomava atitudes a respeito. Disse que na segunda-feira (era sexta) deflagraria uma operação contra o jogo do bicho que chamaria de OPERAÇÃO BICHO/RPC
continuando o comentário: na segunda-feira o bicho não funcionou mas na terça tudo voltou ao normal.
E neste governo: o jogo do bicho tem placas pinduradas na frente das lojas dizendo FÉZINHA. Ora, o governo não sabe? Sabe sim, mas não tem interesse pois todos os escalões levam a sua parte. Então a regra funciona assim: pode fazer mas não se deixe apanhar, porque se for apanhado vai se defender sozinho. É coisa de máfia. E daí perguntamos MAS SÓ O DEMÓSTENES? Respondem os outros: só ele que se deixou pegar, agora aguente sozinho.
E o carnaval do Rio, da Globo e dos bicheiros?????
Este Estepan não é aquele defensor da libertinagem da mídia no Brasil??? Taí, mais um dos defensores dos bons costumes caiu, heheeh!
mais o aécin chaverinho di menor, deve ser apreendido por dirigir bebado
Onde está o pps-limpo, para comentar esse fato grave ou será que vai ficar só na licença temporária do nobre deputado ator.
Esse deputado deveria fazer estágio aqui no Paraná com o limpinho e suas crias, para saber como operar dinheiro sujo e dizer que é honesto, como vivia o limpinho tantos anos sem emprego, como conseguiu, sustentar sua cria de Campo Mourão, dinheiro limpinho com certeza, daqules recebidos para de coadjuvante, passar a apoiador dos que realmente tinham comndição de vencer eleições.
Ao falar que é amigo do cara há mais de 15 anos, é porque recebeu. Mais um vagabundo, como tantos outros políticos. Não importa a origem do dinheiro, o que importa é que venha.