De Frederico Vasconcelos da Folha.com
Dizendo-se “muito feliz” com a suspensão da liminar que impedia as
inspeções do CNJ em 22 tribunais, a ministra Eliana Calmon criticou o
fato de AMB, Ajufe e Anamatra terem pedido ao ministro Luiz Fux, do
Supremo Tribunal Federal, para requisitar novas informações ao Banco
Central e ao Coaf.
“Estão querendo requentar notícia, insistindo numa tese que já foi
derrubada. O Ministério Público Federal já disse que não houve quebra
de sigilo”, afirmou.
A corregedora negou que tivesse omitido informações e disse não ter se
incomodado com a suspeita levantada pelas três entidades.
As associações alegaram que um CD-ROM foi retirado do processo antes
do envio das informações a Fux.
Calmon disse que um servidor, por erro, juntara um CD de outro
processo com as informações sigilosas.
“Quando o juiz auxiliar percebeu, retirou imediatamente. Isso é feito
de forma eletrônica. Eu não posso mostrar esse CD, como as entidades
pedem, porque é sigiloso. Expliquei isso tudo ao ministro [Fux]”,
disse.
“Na próxima semana, vou começar a esquematizar a visita aos Estados”,
afirmou Calmon.
Ela diz que será necessário reexaminar a documentação que ainda não
foi processada, por causa da liminar concedida pelo ministro do STF
Ricardo Lewandowski, que suspendeu, em dezembro, as inspeções
autorizadas pela corregedora em 22 tribunais.