Entra ano, sai ano e o Senado, que entra ano e sai ano é comandado por José Sarney, continua o mesmo: uma caixa-preta. Cícero Lucena autorizou no fim do ano o pagamento de uma gratificação a todos os servidores da Casa com diploma de especialização.
Por uma dessas coisas que só acontecem no Senado, um número indefinido de servidores em cargos de chefia também recebeu o mimo, que pode chegar a 30% do salário básico.
Nos últimos dias, o setor financeiro do Senado levantou os números da farra com dinheiro público. Na hora de divulgá-los a surpresa: Doris Peixoto, Diretoria-Geral escolhida por Sarney para cumprir suas ordens, vetou a divulgação. Lucena desapareceu e o próprio Sarney esquivou-se dizendo não interferir em questões administrativas da Casa. Um assessor de Sarney, ao saber da decisão da diretora, respondeu assim:
– É uma cultura do Senado não divulgar as coisas para a imprensa. Ligue na Ouvidoria, que ela sim é obrigada por lei a divulgar.
Hoje, o Senado tem cerca de 3 200 servidores efetivos que poderiam receber a gratificação. A planilha de gastos de dezembro apresenta um salto de 30 milhões de reais com pagamentos de encargos em relação a novembro. O Senado omite quanto desse valor corresponde a gratificações.
2 comentários
Pois é, enquanto a politica neste país for feita para manter os chefões eternos no poder estaremos vendo isto. Sacaneiam o cidadão que paga esta safadeza. è pra acaba.
O escracho no rosto da sociedade é total e descarado …
Mas a sociedade merece, caso contrário, isso não aconteceria jamais.
A Constituição e as leis lhe dão instrumentos de reagir e eles não são acionados.
Com eleições A CADA DOIS ANOS não há tempo para nada só para a empulhação da politicagem – pois o axioma do Principe de Salina se confirma: tudo muda para permanecer o mesmo !