Do Jogo do Poder, de Luiz Carlos Rocha
A recondução do diretor-geral da ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre – tornou-se um problema para a base do governo no Senado. Como se trata da indicação para agência reguladora, faz parte da liturgia a aprovação da indicação da Câmara Alta, onde o indicado tem que ser sabatinado.
Já com paracer favorável do relator da indicação, o Senador carioca Lindebergh Farias, o Senador do Paraná Roberto Requião resolveu questioná-la, argumentando que o indicado, Bernardo Figueiredo Gonçalves, está sendo investigado de denúncias de conluio entre a direção da ANTT e as concessionárias de ferrovias. Requião argumentou: “Esse senhor formatou a privatização do setor, depois, foi para as empresas, arrematou as concessões e, agora, as fiscaliza. Há uma representação no Ministério Público contra sua gestão. Ele age em favor do capital e não do interesse público”.
Com isso a indicação não poderá ir direto para a sabatina, pois, a pedido de Requião, os procuradores que investigam Figueiredo serão ouvidos na Comissão do Senado.
Os senadores foram obrigados a decidir pela oitiva dos procuradores porque Requião apresentou cópia da representação do Ministério Público perante o Tribunal de Contas da União. Além disso, o próprio Requião já vem imputando a Figueiredo a como suspeição de negligência na fiscalização das empresas concessionárias ao não aplicar multas.
Um comentário
Fala ai Reques, diz tudo sobre as pilantragens do Bernardão.