Daniela Lima da Folha.com
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou como “desnecessária” a revelação feita pelo colega Nelson Jobim (Defesa), que assumiu publicamente ter votado no tucano José Serra na eleição presidencial de 2010.
Carvalho falou com a imprensa após o segundo dia de seminário do chamado Campo Majoritário do PT –grupo que reúne as três tendências hegemônicas do partido– na capital paulista.
O ministro se negou a avaliar a situação de Jobim no governo, mas emitiu opinião ao comentar a reação de integrantes do partido. “Eu não diria que o PT ficou magoado, porque não se trata disso. Eu diria que, no contexto em que se deu, foi uma declaração desnecessária”, afirmou.
Jobim disse, em entrevista à TV Folha e UOL, ter votado em Serra nas últimas eleições, quando o tucano concorreu com Dilma Rousseff à Presidência.
Carvalho ressaltou que a presidente Dilma Rousseff exigiu discrição sobre o caso. “Essa é uma questão que a presidente tomou muito pra si. Ela não tem aberto esse debate dentro do governo. Ela pediu que a gente deixasse com ela esse tema e eu vou respeitar.”
Um comentário
Ué, e onde fica a liberdade de expressão do cidadão Jobim? No que pese ele andar sempre na corda-bamba, tem o direito de falar em quem votou – mesmo que desagrade gregos e troianos – principalmente, quando está pressentindo que poderiá ser fritado.
Falou que votou em Serra e deixou registrado, agora, publicamente. E para fazer média e continuar no poleiro ministerial, no último programa Roda Viva, teceu loas sobre a ‘presidenta’ Dilma.
Ou seja: mode e assopra. Mas, Gilberto Carvalho, indiretamente, está mandando um recado ao Jobim e aos demais ministros, associados, afiliados e consorciados do sistema.
Em outras palavras: boca fechada não entra mosca…