Do Frederico Vasconcellos na Folha — Em artigo no “Correio Braziliense”, sob o título “A magistratura no banco de réus”, o juiz de direito Jansen Fialho de Almeida, do TJDF, trata das representações oferecidas por grupos econômicos contra juízes no Conselho Nacional de Justiça para intimidá-los.
“Virou operação padrão”, diz. “Há casos em que a decisão foi proferida há anos, apresentando-se notoriamente em mero intuito vingativo.”
Segundo o autor, “o juiz vira réu num processo que pela lei e pela Constituição Federal preside”. “Analisar na via administrativa, ainda que indiretamente, o teor do ato julgado afeta a liberdade e independência do juiz.”
Fialho de Almeida diz que, “a perdurar esse denuncismo imotivado, sem que haja qualquer reação, a justiça lamentavelmente vai se acovardando, perdendo cada vez mais o respeito e confiança do jurisdicionado”.
Contra essa “indústria da reclamação”, ele propõe ao magistrado “ajuizar as ações pertinentes contra os ofensores pondo fim ao denuncismo descabido”.
4 comentários
Conversa mole. Juiz não gosta de ser fiscalizado e de dar satisfação a ninguém. O CNJ é uma expressão de civismo e republicanismo. Todo servidor público, seja quem for, deve satisfação de seus atos.
Bem, segundo o magistrado, os juízes devem responder ajuizando ações contra quem os contesta. Daí, obviamente, estas pessoas também poderão se queixar de perseguição… E a coisa não acaba mais…
Perguntar não ofende: Andou o moço aprontando alguma ?
Viva o CNJ, os juízes querem é liberdade total para negociar sentenças e não serem investigados. Por que sempre eles querem ser cidadãos diferenciados, por que eles não aceitam controle externo? oO Executivo tem CGU, TCU, MP, etc… Só o Judiciário quer permissão total para fazer o que bem entende? Se tem juiz que está reclamando deve ser porque o CNJ é bom e faz a sua parte.
Denuncismo faz parte de qualquer atividade pública, se vc não puder se justificar então caia fora. Juiz é cidadão comum, tem que agir como tal e tem responsabilidades como tal!