De Cássio Bruno em O Globo
RIO – O Ministério da Educação informou que não se envolverá na polêmica sobre o livro com erros gramaticais distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático , do próprio MEC, a 485 mil estudantes jovens e adultos. O livro “Por uma vida melhor”, da professora Heloísa Ramos, defende uma suposta supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, admitindo a troca dos conceitos “certo e errado” por “adequado ou inadequado”. A partir daí, frases com erros de português como “nós pega o peixe” poderiam ser consideradas corretas em certos contextos.
– Não somos o Ministério da Verdade. O ministro não faz análise dos livros didáticos, não interfere no conteúdo. Já pensou se tivéssemos que dizer o que é certo ou errado? Aí, sim, o ministro seria um tirano – afirmou ontem um auxiliar do ministro Fernando Haddad, pedindo para não ser identificado.
O ministro não faz análise dos livros didáticos, não interfere no conteúdo.
Escritores e educadores criticaram ontem a decisão de distribuir o livro, tomada pelos responsáveis pelo Programa Nacional do Livro Didático. Para Mírian Paura, professora do Programa de Pós-graduação em Educação da Uerj, as obras distribuídas pelo MEC deveriam conter a norma culta:
– Não tem que se fazer livros com erros. O professor pode falar na sala de aula que temos outra linguagem, a popular, não erudita, como se fosse um dialeto. Os livros servem para os alunos aprenderem o conhecimento erudito.
Na obra “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, aprender”, a autora afirma num trecho: “Posso falar ‘os livro?’ Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico.” Em outro, cita como válidas as frases: “nós pega o peixe” e “os menino pega o peixe”.
Autor de dezenas de livros infantis e sobre Machado de Assis, o escritor Luiz Antônio Aguiar também é contra a novidade:
– Está valendo tudo. Mais uma vez, no lugar de ensinar, vão rebaixar tudo à ignorância. Estão jogando a toalha. Isso demonstra falta de competência para ensinar.
Segundo ele, o que estabelece as regras é a gramática.
– Imagina um jogo de futebol sem as linhas do campo. Como vão jogar futebol sem saber se a bola vai sair ou não? O que determina as regras é a gramática. Faltam critérios. É um decréscimo da capacidade de comunicação – observou Aguiar, também professor do curso “Formação de leitores e jovens leitores”, da Secretaria municipal de Educação.
19 comentários
“O Ministro não faz análise do conteúdo”?????
Que beleza! O Ministério da Educação serve para que então?
Avalia se o livro é adequado por ser o mais barato?
Se for assim vou escrever um livro de química (que eu não entendo nada) impresso em papel higiênico usado e tenho certeza que será aprovado pelo MEC! Afinal analisar o conteúdo não é função do ministro.
Quero saber se o filho do Ministro ou desse assessor estudam em escola pública que utilize esse lixo “didático”.
Já que é assim, sugiro que sejam demitidos todos os professores de Língua Portuguesa e o Ministro da Educação e todos os funcionários do MEC e cada um fala como achar melhor.
Essa é a Educação Petista! quanto mais burros se produzirem, mais fáceis serão dominados! Aí o PT poderá deitar e rolar! O Brasil está mesmo caminhando para trás! Socorro! Alguém faça alguma coisa!
ESTE É O BRASIL DO PT, QUE TEM UM MONTE DE INTELECTUAIS QUE FAZEM QUESTÃO DE MANTER O POVO NA IGNORANCIA AFIM DE MANIPULA-LOS.EM TROCA DÃO A ELES ,CARNAVAL, CACHAÇA, FUTEBOL E MULHERES FRUTA (PÃO E CIRCO)
BRASIL!!!!!!!!!
DEPOIS QUE A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS DEU A RONALDO GAUCHO A COMENDA MACHADO DE ASSIS
A AERONAUTICA DEU A EX PRIMEIRA DAMA A COMENDA SANTOS DUMOND.
VOCE QUEREM AINDA QUE O POVO SAIBA FALAR DIREITO PORTUGUES , POR FAVOR SEM O PRIMEIRO GRAU COMPLETO O LULA É DOUTOR PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. PRA QUE ESTUDAR , BASTA PARTICIPAR…..DO PT
É certo que o MEC poderia fechar. Se ele não se pronuncia e um caso esdrúxulo como este, para que serve?
Muinto esselente a resposta do ministro fernamdo adadi.
E tem os que insistem na exigência de diplomas para o exercício do jornalismo.
Noutro dia, um deles, do esporte, escreveu censo ( queria senso ). Pensei que era cochilo, erro de revisão. Seis parágrafos à frente, olha lá o censo de novo. Nada de contagem, essas coisas.
É tão raro um aluno ler um livro para ter acesso à linguagem correta. Se o livro não ensina a norma culta, então para que estudar?
”PRECONCEITO LINGUISTICO”. Qualquer julgamento contra alguém agora é preconceito. Qualquer crítica é bullying. A patrulha do politicamente correto está acabando com a nosso liberdade de expressão.
Como é? Não vai se envolver na polemica? Não avalia os livros fornecidos às crinças? faz o que então? Melhor pára tudo e vai embora. Outra pergunta, a tal da “professora” que escreveu o livro recebeu seu pagamento tudo direitinho né?
O ministro Fernando Haddad é responsavel por essa idiotice, ficou em cima do muro portanto é um fraco e com o rabo preso com os `cumpanheiro`.
“Sabemos que o domínio da língua materna é fator de inclusão social.”
Será que a verdadeira intenção é deixar milhares de estudantes – e futuros cidadãos – na mesmice? Ou seja, sem o domínio da língua o governo dispõe de “eleitores sem discernimento para escolher os melhores candidatos!!!!
Seria um piada se não fosse um caso ridículo. Sou professor universitário e estou pensando em mandar para o ministro alguns trabalhos que recebo de alunos, mas acho que ele não fará análise dos mesmos. No ensino superior recebemos o resultado desse tipo de desatino; grande parte do tempo perdemos corrigindo erros de português e tentando fazer com que os alunos consigam interpretar textos com um mínimo de profundidade. Acredito que daqui para frente até a luz no fim do túnel será apagada.
A irresponsabilidade do MEC e do Governo está condenando os alunos da escola pública ao sub-emprego. Enquanto as boas escolas particulares estão preparando os patrões, a escola pública está formando os peões.
Seguinte: fecha esse Ministério, porque se ele não cuida nem do básico vai cuidar do quê? Esse é o país da omissão! Ninguém tem nada com nada; ninguém sabe de nada; ninguém faz sequer o dever de casa! Vergonha Sr.Ministro. E o salário no final do mês, também não tem nada a ver? Vai para casa e deixe de nos enganar! Se eu o chamar de idiota, será uma ofensa aos imbecis?
É absolutamente compreensível.
Num país onde o Ministro da Educação fala “cabeçario” e o ex-presidente (endeusado pelo partido no poder) diz “os empresário” “as elite”, devíamos esperar o quê? Ensino de latim?
HOMESCHOOLING É O QUE TODOS ALUNOS DA REDE PÚBLICA MERECEM! PRA FUGIR DESSES IMBECIS.
É esta a educação que queremos para os nossos filhos? Pelo jeito é, porque o ministro lava as mãos. Para ele tanto faz, já estudou mesmo . Os filhos dos outros que recebam esta educação porcaria. E como é que vamos entrar no Primeiro Mundo, com uma escola de Terceiro? Nunquinha Tony
O que podemos esperar?
Um pais que elegeu um Presidente analfabeto, sem o mínimo de cultura,, o que poderemos esperar?