Curitiba é a primeira capital a ter uma agenda própria do trabalho decente ao assinar as metas estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A assinatura foi nesta segunda-feira (4) e a OIT aproveitou para comemorar 92 anos de atividades no Brasil. Na definição da OIT, trabalho decente é “a atividade adequadamente remunerada, exercida em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”.
“A luta pelas condições igualitárias de trabalho foi assumida pelo ex-presidente Lula junto à OIT. Curitiba está fazendo sua parte, por determinação do prefeito Luciano Ducci, e saindo na frente com o lançamento da própria agenda. Temos todo apoio do governador Beto Richa neste sentido”, afirma a procuradora-geral de Curitiba, Claudine Camargo Bettes.
Exemplo
De acordo com o secretário de Trabalho de Curitiba, Paulo Bracarense, o primeiro passo depois do lançamento da agenda será fazer um diagnóstico da situação dos trabalhadores de Curitiba. “Durante todo século passado, os trabalhadores buscaram uma definição de seus direitos e deveres. Algumas destas tentativas deram resultado e outras não. Por isso, no final do século a OIT lançou a agenda do trabalho decente. Curitiba agora dá um passo significativo na direção de melhorar as condições dos seus trabalhadores”, explicou.
O assessor de Relações Internacionais do Ministério do Trabalho, Mário Barbosa, espera que a iniciativa de Curitiba sirva de exemplo para outras cidades. “É importante que cada município construa uma agenda de acordo com a própria realidade”, diz.
“A decisão de construir uma agenda do trabalho decente por si só já é uma demonstração do poder público de Curitiba da preocupação com as condições adequadas de trabalho. Curitiba está saindo na frente”, garante a diretora do OIT no Brasil, Laís Abramo.
2 comentários
A ideia é boa, e acredito que o prefeito está tomando uma atitude lúcida. Mas como são avaliados os indicadores quali e quanti desta meta?
Esse que é o problema de curitiba,querer sempre sair na frente ,não se importando se a coisa é ruim ou boa.
Nesse caso da oit,sempre as ongs internacionais ,nos enchem o saco,mas nos paises de origem a coisa é pior que por aqui.
vou dar um exemplo,as usnas do japão,e os brasileiros que ali trabalham,em diversos setorem.Oque contam e estarrecedor as
condições que trabalham ali.
O brasil mudou muito para melhor a condição do funcionário,é claro que tem ilhas nos grotões onde ainda é explorada a mão de obra,mas no resto,o operário é bem tratado,inclusive no que se refere a acidentes.
Agora ,encher de lobistas de material de segurança,mais normas impossiveis de se seguir na prática,é um convite ao suborno,porque o que esta ai já é muito bom.