da BBC Brasil
Uma pesquisa anual do Serviço Mundial da BBC conduzida em 27 países revela que as opiniões positivas sobre a influência do Brasil no mundo tiveram o maior aumento entre as nações pesquisadas, passando de 40% a 49%.
Já as visões negativas sobre a atuação brasileira caíram três pontos percentuais, para 20%. Somente em um país, a Alemanha, as opiniões negativas sobre o Brasil suplantam as positivas (32% a 31%).
Outra nação a destoar do resultado geral foi a China, maior parceiro comercial do Brasil, onde a visão positiva da influência brasileira caiu 10 pontos percentuais, para 45%, e a opinião negativa subiu 29 pontos, para 41%.
O levantamento, coordenado pelo instituto de pesquisas GlobeScan e pelo Programa de Atitudes em Política Internacional (PIPA, na sigla em inglês) da Universidade de Maryland (EUA), foi feito entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 com 28.619 pessoas, que opinaram sobre a influência de 16 países e da União Europeia.
Para Fabián Echegaray, diretor do Market Analysis, empresa que realizou a pesquisa no Brasil, a melhor avaliação do país pode ser atribuída à aprovação à diplomacia brasileira, à popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à atuação de empresas e ONGs brasileiras no exterior.
“Nos últimos dois, três anos, ONGs brasileiras tiveram grande destaque na discussão sobre as mudanças climáticas. Esse papel é bastante percebido lá fora e acaba projetando a imagem do país”, diz ele à BBC Brasil.
Segundo Echegaray, o bom desempenho da economia brasileira nos últimos anos, período em que muitos países sofreram intensamente os efeitos da crise financeira, também contou pontos a favor do Brasil, principalmente entre nações europeias.
A melhora na avaliação sobre o Brasil fez com que o país igualasse o desempenho obtido pelos Estados Unidos, cuja influência também foi considerada positiva por 49% dos entrevistados.
Os dois países ocupam posições intermediárias no ranking da pesquisa, que tem a Alemanha (com 62% de aprovação) e a Grã-Bretanha (58%) nos primeiros lugares e Irã e Coreia do Norte (ambos com 16% de aprovação) nas últimas colocações.
Auto-imagem
Echegaray destaca ainda, entre os resultados da pesquisa, a excelente opinião que os brasileiros têm da influência do próprio país, só comparável à dos sul-coreanos.
De acordo com o levantamento, 84% dos brasileiros acham que o Brasil tem influência positiva com o mundo, mesma porcentagem medida em 2009 e mesmo índice da Coreia do Sul.
Em 2008, ano em que o Brasil passou a figurar no questionário, 74% aprovavam a atuação do país.
Neste ano, a aprovação à influência do próprio país atingiu 77% na China e na Índia, 69% na Grã-Bretanha, 68% na França, 64% nos Estados Unidos e 39% no Japão.
Para o pesquisador, a boa avaliação do Brasil entre seus cidadãos indica como o brasileiro está processando o acúmulo de notícias no exterior a respeito do país.
“Os dados revelam um apoio à atuação externa do Brasil, seja via políticas públicas ou iniciativas de setores da sociedade.”
O levantamento no Brasil foi feito com 800 adultos moradores de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Projeção
A pesquisa revela ainda que a imagem do Brasil ao redor do mundo ganhou mais clareza no último ano: o número de entrevistados que optaram por não avaliar a influência do país caiu seis pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.
A visão positiva do Brasil cresceu principalmente na Nigéria (22 pontos percentuais, chegando a 60% do total), na Turquia (29 pontos, 48%), Coreia do Sul (17 pontos, 68%) e Egito (19 pontos, 37%).
Na Europa, as maiores aprovações ocorreram em Portugal (76%) e na Itália (55%). Na Grã-Bretanha, embora a avaliação positiva do Brasil tenha crescido 12 pontos, chegando a 47%, a opinião negativa aumentou 13 pontos, atingindo 33%.
Além de ser o único país onde a avaliação favorável ao Brasil foi inferior à desfavorável, a Alemanha foi a única nação europeia a registrar aumento no número de entrevistados que optaram por não avaliar a influência brasileira.
Entre os países latino-americanos pesquisados, a aprovação à influência do Brasil chegou a 65% no México, 63% no Peru e 70% no Chile, ainda que neste país a opinião positiva tenha caído sete pontos, e a negativa, aumentado em seis.
Outros países onde as opiniões favoráveis ao Brasil cresceram foram a Austrália (50%, ante 32 na pesquisa anterior), Estados Unidos (60%, ante 42%), Canadá (53%, ante 38%) e Indonésia (50%, ante 42%).
9 comentários
Quando Vicente pizon,subiu o rio amazonas e se deparou com,
as imensas castanheiras de quase sessenta metros de altura,não tinha duvidas,hávia achado o eldorado,onde haveria indios cobertos de ouro,e cidades pavimentadas com os mais raros mármores.
Demorou mais de quinhentos anos,eis que acorda o gigante adormecido,talvêz o ultimo reduto onde o homem,procurará as terras férteis e as aguas limpídas para abastecer o mundo.
Nossos filhos e netos vão ter do que se orgulhar,e basta nós desta
geração,cuidar,sem clubes,sem panelas,sem partidos,e deixar o que está dando certo e ajudar.Talvez já não estaremos aqui,mas
será sem duvida o pais mais bem cuidado,porque mais rico ele já é.
UHFFFF que otimismo desmedido hem? bom… é carnaval…
Tudo isso, graças ao sucesso do PLANO REAL que deu sustentabilidade a econômia brasileira, ou estou errado?
Só que no Plano Real, o FHC quebrou o país 3 vezes e foi pedir penico para o FMI, xô praga!
Em artigo na Carta Capital, sob o titulo “Verdades do Plano Real” (que dói…), o deputado baiano, desnuda o mito construído em torno da era FHC, como o grande responsável pela estabilização da economia.
Emiliano reconhece o mérito, do Plano Real, como instrumento de saída do período de hiperinflação vivido pelo país. Segundo ele,
“ Não é possível, nem justo que neguemos a capacidade do Plano Real de controlar a hiperinflação. Este foi o grande mérito, inegável mérito do plano. E isso não é pouca coisa para um país que vivia mergulhado, atormentado pelo furacão inflacionário.”
Mas este mérito, não apaga o fracasso de FHC na condução da economia.
Emiliano, ilustra este fracasso citando, para não deixar margem de duvida, frase de Bresser Pereira, ex ministro do próprio FHC:
O governo de FHC “não ficará na história como o grande governo que poderia ter sido porque deixou a desejar no plano gerencial, como a crise da energia de 2001 demonstrou, e principalmente porque fracassou no plano econômico. Não apenas porque não logrou retomar o desenvolvimento: não chegou sequer a estabilizar macroeconomicamente o país, de forma que deixou uma herança pesada para o futuro governo.”
Olha o que diz o Bresser Pereira, ex ministro do próprio FHC:
O governo de FHC “não ficará na história como o grande governo que poderia ter sido porque deixou a desejar no plano gerencial, como a crise da energia de 2001 demonstrou, e principalmente porque fracassou no plano econômico. Não apenas porque não logrou retomar o desenvolvimento: não chegou sequer a estabilizar macroeconomicamente o país, de forma que deixou uma herança pesada para o futuro governo.”
Se liga caçador!
CARACTERÍSTICAS DO ACORDO
(Revista “O Impacto do FMI na Educação Brasileira”)
“Em dezembro de 1998, depois de cerca de seis meses de negociações, foi aprovado pelo FMI um Acordo com o governo brasileiro. Esse Acordo previa um pacote de empréstimos da ordem de US$ 41 bilhões, vinculado a uma série de condições que tangem a macroeconomia do País…..”
“No período de negociação com o FMI, foi possível verificar de maneira precisa o efeito do Acordo no Orçamento da União. Isso porque foram encaminhados ao Congresso Nacional dois projetos de Lei Orçamentária para 1999, um antes da negociação e o outro, depois. Este último, aprovado, sofreu grandes cortes em relação ao original.”
“Uma manobra possibilitada pelas condições presentes no Acordo, entre as quais destaca-se o compromisso do Brasil em gerar um superavit primário (= receitas menos despesas, sem considerar os juros e encargos da dívida) equivalente a 2,6% Produto Interno Bruto (PIB) (= indica as riquezas produzidas em um país) em 1999.”
“Para tanto, o governo comprometeu-se a elevar receitas e cortar gastos…”
“As condições impostas à União são transferidas também para estados e municípios, esferas de governo que configuram os principais provedores da educação básica, portanto, afetando diretamente esta área social…”
“O Acordo com o FMI e sua negociação apresentam problemas estruturais, em três planos: econômico, político e social.”
“No primeiro, encontra-se a própria política macroeconômica adotada pelo governo brasileiro, que conduziu o País rumo à negociação de um empréstimo emergencial junto ao FMI. Nota-se que a natureza do Acordo é coerente com a própria política econômica que vem sendo implementada pelo governo.”
“No plano político, a estrutura do FMI, na qual o poder político é determinado pelo poder econômico, faz com que os interesses dos países mais pobres, justamente os alvos principais do FMI, não sejam devidamente considerados. Além disso, no caso do Brasil, o controle da sociedade sobre o seu representante no FMI é muito pequeno: a participação do Legislativo em tomadas de decisão é ínfima, assim como a participação da população junto ao Legislativo. O poder exercido pelo FMI……. é tão grande que invade a área de decisões políticas do País. Chama a atenção que estados e municípios não participem de tomadas de decisões que os afetam diretamente. Verificamos, assim, um grande desequilíbrio de poder entre Primeiro e Terceiro Mundo, União e estados/municípios e entre Executivo, Legislativo e sociedade civil.”
“As condições macroeconômicas fixadas pelo Acordo também tiveram conseqüências no plano social, agravando uma situação já muito precária e fragilizada. Ainda que tenha sido negociada uma Rede de Proteção Social para atenuar os efeitos adversos do Acordo com o FMI, verifica-se seu caráter secundário e sua ineficácia…”
“A política econômica adotada no Brasil desde 1994 tem como característica principal a tentativa de estabilização da moeda associada ao câmbio sobrevalorizado e à abertura comercial acelerada.”
“Essa política gerou um permanente déficit na conta de transações correntes ( = medem as trocas de bens e serviços do país com o resto do mundo) e segue subindo, atingindo 4,85% do PIB em junho de 1999 (aproximadamente US$ 32,5 bilhões). Este déficit acaba sendo financiado pela entrada de investimentos estrangeiros, o que aumenta a dependência financeira do Brasil em relação ao capital internacional.”
“Desde o início do Plano Real, a atração desses capitais estrangeiros – necessários para fechar as contas dentro dos marcos da política econômica adotada – se deu através da oferta de remunerações atrativas, especialmente taxas de juros extremamente elevadas, além de um mercado de bolsa de valores que favorece ganhos rápidos, ou ainda a oportunidade de comprar patrimônio valioso a preço baixo, como no caso das privatizações.
Assim, a política econômica adotada no País foi driblando as dificuldades e turbulências que surgiam no cenário internacional desde 1994, quando se iniciou o Plano Real.”
“A oferta de taxas de juros elevadíssimas aos capitais internacionais acabou, de um lado, gerando uma dívida pública ( = Dívida assumida pelos vários níveis da administração podendo ser externa ou interna) que quintuplicou ao longo dos últimos cinco anos, passando de aproximadamente US$ 60 bilhões em julho de 1994 para cerca de US$ 300 bilhões no primeiro trimestre de 1999.”
“A partir do segundo semestre de 1998, tornou-se evidente que os malabarismos da administração pública para tapar os buracos das contas do País no exterior haviam chegado a um limite.
A intensa fuga de capitais que ocorreu entre julho e setembro de 1998 – cerca de US$ 30 bilhões migraram do País – provou, de forma contundente, que a fase das manobras mirabolantes chegara ao fim. Os capitais estrangeiros vieram, valorizaram-se num curtíssimo prazo e se foram. Os gestores da política econômica preferiram não colocar barreiras a esta mobilidade dos capitais internacionais privados, apesar dos efeitos danosos à economia nacional.”
“Enquanto isso, a dívida externa ( = Dívida feita junto a não residentes que podem ser estrangeiros ou instituições no exterior) brasileira crescia sistematicamente, chegando a ultrapassar US$ 235 bilhões no final de 1998…”
Fica evidente que a política econômica atual é de difícil sustentação e tem para o País um custo social altíssimo, além de agravar seu endividamento externo.”
Porque waleska,você precisa tomar prozac,para ter otimismo?
OSSOBURRO.
Pare de copiar. O PLANO REAL quebrou o Brasil?
Não seja idiota rapaz. O Brasil, vive os loutos do Plno Real assim como O vagabundo Lula da Silva viveu por 08 anos.
Cai na Real e ENGULA O PLANO REAL, pois…….,”ele não é do PT”.