Via Josias de Souza
Será em Brasília, no dia 10 de abril, um sábado, a pré-convenção em que o PSDB vai aclamar José Serra como seu candidato à sucessão de Lula.
Alugou-se um auditório no centro da Capital. Dispõe de cadeiras para 1.500 pessoas. Somando-se os que ficam em pé, acomoda uma platéia de 2.000.
Se vingarem os planos do tucanato, a proclamação da candidatura Serra será uma pajelança de casa cheia.
Reunirá, além da nata tucana, liderenças dos aliados já disponíveis: DEM e PPS. Deseja-se, além de ungir o candidato, passar a idéia de unidade.
O governador tucano de Minas, Aécio Neves, que programara sair em férias, adiou o descanso. E confirmou sua presença.
Aécio declara-se um “soldado” a serviço de Serra. Algo que o tucanato, grupo de amigos composto integralmente de inimigos, celebra.
Parte-se do pressuposto de que as relações Serra-Aécio, se mal administradas, podem custar a eleição. O passado desrecomenda o atrito.
O PSDB descera às urnas de 2002 (Serra) e de 2006 (Alckmin) trincado. Nas duas ocasiões, foi surrado por Lula.
Imagina-se que, reincidindo no erro, a principal legenda da oposição flertará, de novo, com o insucesso.
Servindo-se de outra lição extraída do passado, o PSDB decidiu reservar na pajelança pró-Serra um papel de destaque também para Fernando Henrique Cardoso.
Elabora-se, no momento, a lista de políticos com direito a microfone. Diz-se que a prerrogativa será concedida a poucos na “festa” do dia 10.
De antemão, Serra, Aécio e FHC frequentam a relação na condição de oradores naturais e compusórios.
Para fugir ao improviso, a direção do PSDB vai contratar, até a próxima terça (23), uma empresa especializada na organização de eventos.
A conta será espetada no fundo partidário. A legenda escora a decisão numa resolução do TSE.
O tribunal autorizou os partidos a usarem o fundo fornido com verbas públicas para o custeio de despesas de pré-campanha.
Decidiu-se, de resto, transmitir o evento, ao vivo, pela internet. Por que esperar até o dia 10 se José Serra deixará o governo de São Paulo no dia 2?
O PSDB alega-se que o adiamento foi, por assim dizer, imposto pela folhinha. Entre a saída de Serra do governo e a festa haverá a Semana Santa. Daí a postergação.
Depois que levar o nome de Serra à estrada, restará à oposição encontrar um discurso para rechear a carroceria da candidatura.
7 comentários
Acho que seria legal preparar uma doencinha qualquer para o Arruda poder sair da prisão e dar uma passadinha na festança do Serra….
E ALGUMA MAQUETE P/ INAUGURAR??????
À sucessão de Lula não,
Suceçao presidencial
nâo vou, já tenho compromisso…..
Só duas mil? Que fiasco.
As candidaturas de Serra e de Marina, de oposição ao governo petista, mesmo que sejam derrotadas, são importantes para a democracia e para garantir que o governo não faça maioria folgada no congresso que traga de volta a CPMF, por exemplo. Maioria folgada que consiga aprovar o projeto da “poupança solidária” (que na realidade “empresta” dinheiro dos poupadores para aumentar as esmolas que garantam permanência do PT no poder). Oposição que garanta que a liberdade de imprensa vai continuar e o modelo Hugo Chaves, que tem a simpatia do PT, não seja adotado de termos apenas imprensa estatal. Oposição que garanta o direito de propriedade, que respeite as instuituições democráticas e de se ter religião. O projeto do PT não é só se manter no poder com Dilma R.Linhares, mas tb aumentar sua bancada no congresso, para fazer as “mudanças” que seu programa prevê, muitas delas socialistas e retrógradas, sem precisar o voto de partidos de centro direita que hj, de forma oportunista, são da base de apoio do governo federal. Tais partidos lembram os empresários que apoiaram Hitler com o intuito de fortalecer a Alemanha, pois acharam-no nacionalista. Depois eles sentiram na própria carne o monstro que criaram. Saia da anestesia e reflita povo brasileiro. A imprensa comprada que hj apóia pelo $$$ que recebe das estatais, no futuro não terá liberdade e será censurada. Quem viver verá!
oi beleza campana