De Kátia Chagas na Gazeta do Povo
O governador Roberto Requião (PMDB) descartou ontem enviar à Assembleia Legislativa do Paraná um projeto de lei para aumentar a contribuição dos servidores estaduais para a Paranaprevidência – assunto espinhoso para ser discutido em ano eleitoral, quando o próprio governador pretende se candidatar. A elaboração do novo plano de custeio da Paranaprevidência, o fundo de pensão do funcionalismo público do estado, e o envio dele ainda em fevereiro à Assembleia chegaram a ser anunciados oficialmente pelo governo, na semana passada, por meio de reportagem publicada no site da Agência Estadual de Notícias. Leia a matéria sobre o projeto.
Reportagem da Gazeta do Povo publicada na última sexta-feira mostrou que os estudos que estavam sendo feitos na Paranaprevidência indicavam que a contribuição mensal dos servidores seria fixada em, no mínimo, 11% do valor do salário – atualmente, o porcentual varia de 10% a 14%. Como grande parte dos 263 mil servidores da ativa contribui com 10%, eles teriam aumento de contribuição. O plano ainda avaliava a possibilidade de os inativos, que hoje não contribuem com a Paranaprevidência, passarem a sofrer descontos mensais
Apesar de o envio do projeto ter sido anunciado oficialmente, ontem o governador desdisse a Agência Estadual quando questionado pela reportagem. “Essa mensagem (de um novo plano de custeio da Paranaprevidência) deve ser de sua autoria porque de minha parte não tem nenhuma”, afirmou Requião.
O governador confirmou que a Paranaprevidência está realizando estudos para remodelar o atual plano de custeio e informou que o órgão tem como “obrigação” fazer cálculos atuariais e de viabilidade econômica. “Mas isso não significa que eu esteja para mandar uma mensagem para a Assembleia Legislativa.”
Contrários
O aparente recuo do governo em torno do assunto ocorre num momento em que entidades sindicais ligadas ao funcionalismo público se posicionavam contra a proposta e ameaçavam fazer pressão sobre os deputados estaduais para a derrubada da mensagem, caso ela fosse encaminhada ao Legislativo sem uma ampla discussão com os servidores.
“Precisamos conhecer melhor os dados da Paranaprevidência e saber realmente quanto de dinheiro existe no fundo. Se o servidor público vai ter de pagar mais para poder se aposentar, o que somos contra, é preciso haver uma ampla auditoria antes”, disse a coordenadora do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, Elaine Rodella.
Discurso contraditório
Após dez anos de criação do fundo previdenciário, a Paranaprevidência argumenta que são necessários ajustes na contribuição dos servidores, porque da forma como está estruturado o plano de custeio não será possível reverter o “déficit técnico atuarial registrado”. O governo não divulgou valores atualizados, mas em setembro de 2009, havia a previsão de um rombo de R$ 245 milhões em até 30 anos no fundo.
Ao mesmo tempo em que reconhece prejuízos de longo prazo com o atual modelo previdenciário, o próprio governo costuma divulgar que a Paranaprevidência não está com problemas de caixa. Em setembro de 2009, por exemplo, o diretor-presidente do fundo previdenciário, Munir Karam, declarou na reunião semanal da Escola de Governo que, nos primeiros oito meses do ano, a instituição havia registrado um superávit financeiro de R$ 520 milhões na Paranaprevidência. E que a projeção era fechar o ano com R$ 720 milhões – um valor superior em R$ 100 milhões ao registrado em 2008.
No último dia 4, o site oficial do governo do estado também divulgou que a Paranaprevidência registrou em sete anos um crescimento de 900% em seus ativos financeiros (provenientes de títulos federais comprados diretamente do Tesouro Nacional, royalties da Itaipu e contribuições dos servidores). Em 2003 os ativos da instituição somavam R$ 400 milhões e hoje chegam a R$ 4,8 bilhões.
7 comentários
Se Bob Req conhecer essa proposta integralmente, irá demitir toda a diretoria da Paranáprevidência.
Aumentar a contribuição dos ativos e iniciar a cobrança dos inativos são apenas 02 pontos da proposta.
Também, quem mandou nomear gente do Jaime Lerner? Ou será do Joel Malucelli?
O Renatinho Follador continua dando as cartas lá!
O problema da Paranaprevidência é a falta de repasse do governo do Estado. Se o Estado não tem dinheiro para capitalizar a Paranaprevidência, como manda a lei, por quê o governo não repassa bens imóveis para o fundo, saldando assim a dívida para com a Paranaprevidência? Todos sabem que a Paranaprevidência é um dos sistemas previdenciários mais bem elaborados do país; basta cumprir as metas estabelecidas em lei. O Estado tem muitos bens imóveis desocupados que poderiam ser repassados para a entidade, como pagamento de dívidas do governo para com o órgão. Cadê a cabeça dos dirigentes da Paranaprevidência? Cadê a cabeça dos deputados? Será que só funciona para pedir votos? Ou será que há interesse de que a Paranaprevidência quebre, como já quebraram tantas outras coisas no Estado?
o ‘coitadinho’ do governador nao faz nada e não governa coisa nenhuma, esta oportunidade, com maioria na Assembléia, poderia
cuidar de garantir o futuro do sistema de previdência. Mas, ele não
governa agora, como não governou no passado. Vejam, o caos nos
caixas do BBRASIL de cidadãos querendo pagar o IPVA, QUE N/AO FOI ENTREGUE!!!MAS, ONDE ESTÁ A OPOSIÇÃO!!!???
IMPOSTO NÃO COMUNICADO AO CONTRIBUINTE TEM QUE SER PAGO???ENFIM, NÃO É FIM DE GOVERNO, É O ATESTADO FINAL DE QUE NÃO TEMOS GOVERNO ESTADUAL….
AHAHAHAHAH…
SÓ SABEM RECLAMAR….
E FALAR BEM DU BETIM…
Cadê a publicação das listagem com as remuneração, cargo/função e lotação dos funcionários e dirigentes da PARANÁPREVIDÊNCIA !
O dinheiro que lá está é NOSSO e de nossos familiares e queremos saber como é gasto ?
Com a palavra o governador REQUIÃO !
O Requião vai fazer aquilo que sempre fez, ou seja: deixar o problema para o próximo governador.
É um INCOMPETENTTE, distribuir benesses, como a de não cobrar dos aposentados, Não recolher a parte do empregador das contribuições. Essas são as causas do “ROMBO” na ParanaPrevidência.
Que Renatinho Folador que nada, sô
O mió superintendente da PARANAPREVIDENCIA foi o Zé Maria, ele mesmo, ex- INTERVENTOR EM MATINHOS, pelo menos é o que Mario Póck ex-prefeito de Matinhos (PMDB) 19 votos para vereador nas últimas eleições apoiando o Zé Maria, parece-me 463 votos para prefeito, gente boa, foi rombo lá em Matinhos e seguramente na Paranaprevidencia!