Do Josias de Souza na Folha Online
Segue aceso o pavio que queima no PMDB desde que Lula sugeriu que o partido deveria encaminhar a Dilma Rousseff uma lista tríplice de vices.
O Planalto agarrou-se aos panos quentes. O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) e a própria Dilma tocaram o telefone para Michel Temer.
Por ora o único nome do PMDB para a vaga de vice, Temer mastigou em privado as declarações de Lula. Não conseguiu engoli-las. A água fria de Franklin e de Dilma não bastou para arrefecer a fervura que o blog detectara na noite de quinta e noticiara na madrugada de sexta.
O pedaço governista do PMDB exige uma palavra de Lula. Chega-se mesmo a dizer que, sem ela, o caldo da aliança pode entornar.
Em viagem ao Peru, Lula mandou dizer que telefonará para Temer ao longo do final de semana. Ouça-se um grão-pemedebê amigo do presidente da Câmara:
“O telefonema do presidente, se vier, será um bom começo. Mas talvez não baste…”
“…O veneno da lista tríplice foi destilado em público. O antídoto também precisa ser servido à luz do dia, com Sol a pino”.
E se Lula não telefonar? “Bem, nesse caso o PMDB talvez se sinta à vontade para procurar parceiros que o tratem com mais respeito”.
4 comentários
Vão ter que engolir o sapo barbudo!
Mas um dia ele vira príncipe.
Enquanto isso o príncipe vira sapo.
De fato este não parece um país – igual aos outros!
Estão abrindo de graça um precioso espaço para Requião, que sabe muito bem capitalizar situações de conflito como esta.
Exigem a palavra de quem ??? kkkkk… Ninguém dá o que não tem.
Duas lições tiramos daí:
1º Não se deve confiar no PT;
2º Ninguem leva a sério o PMDB.