Bem que o Paraná poderia passar sem essa nova onda de deboche nacional propiciada por mais uma sandice de nosso epígono do coronel Chavez, o governador Requião, que parece aproveitar os últimos dias de seu mandato para cometer todas as bobagens produzidas pelo seu séquito de idiotas.
O ex-ministro Mailson da Nóbrega (foto) deitou e rolou em artigo da Veja desta semana sobre a lei que determina a tradução de estrangeirismos na propaganda externa no Paraná. Lei de Requião aprovada pela Assembléia que lhe faz todos os gostos, mesmo os ridículos.
Entre outras, Maílson lembra que pela lei de Requião o nome do Coritiba Foot Ball Club passa a ser Sociedade Recreativa Coritiba de Ludopédio. Pode? Para ler o artigo completo de Maílson da Nóbrega, clique no Leia Mais.
Ludopédio no gramado
Maílson da Nóbrega, na Veja
“O uso de estrangeirismo costuma enriquecer
o idioma. Amplia o vocabulário. Contribui para
simplificar a linguagem. Facilita a comunicação
e a exposição de ideias. O inglês é um bom exemplo”
Se o governador Roberto Requião vivesse e pudesse fazer a lei no fim do século XIX – quando o futebol chegou ao Brasil –, a palavra poderia não existir entre nós, dadas as complicações da norma. Nas propagandas, o vocábulo football teria de ser traduzido para o português. Ao seu lado apareceria ludopédio (futebol, segundo o dicionário Houaiss).
É assim que reza projeto recentemente aprovado pela Assembleia Legislativa do Paraná, por proposta do governador. Obriga a tradução de palavras de outros idiomas em propaganda no estado. O objetivo, segundo Requião, é “o reconhecimento e a valorização da língua pátria”. A base seria o princípio da soberania nacional (artigo 1º da Constituição).
Se a regra fosse nacional e existisse naquela época, haveria que encontrar tradução para termos ingleses hoje incorporados ao mundo do futebol: esporte, time, gol, drible, craque. O jeitão de ridículo de ludopédio talvez se tornasse familiar. Isso aconteceu com escanteio e impedimento, que substituíram corner e off-side.
O paranaense Coritiba teria outro nome. Seu título oficial é Coritiba Foot Ball Club (www.coritiba.com.br). Seria complicado traduzir as três palavras inglesas em propaganda. Procuradores poderiam questionar o seu uso na fachada da sede do Coritiba. Melhor chamar-se Sociedade Recreativa Coritiba de Ludopédio.
O mesmo xenofobismo está na base de projeto de lei do deputado federal Aldo Rebelo. Pela proposta, toda e qualquer palavra ou expressão em língua estrangeira usada no território nacional ou em repartição brasileira no exterior teria de ser substituída “por palavra ou expressão equivalente em língua portuguesa no prazo de noventa dias a contar do registro da ocorrência”. Haveria umas poucas exceções.
A absorção de palavras estrangeiras é típica das línguas vivas e fruto do intercâmbio de bens, serviços, pessoas e ideias. O mesmo ocorreu na dominação estrangeira, como na introdução forçada do latim pelos romanos e de línguas europeias pelos impérios coloniais, incluindo o português no Brasil. Durante mais de dois séculos depois da conquista da Inglaterra pelos normandos (1066), o francês foi a língua oficial da corte.
O uso de estrangeirismo costuma enriquecer o idioma. Amplia o vocabulário. Contribui para simplificar a linguagem. Facilita a comunicação e a exposição de ideias. O inglês é um bom exemplo. Aberto à influência externa, ganhou inúmeras palavras durante as invasões romana (o nome da capital vem do latim Londinium) e normanda. E importou milhares do idioma de países que dominou e de muitos outros.
Apenas 20% a 30% das 80 000 palavras inglesas dicionarizadas pertencem às suas origens saxônicas. O francês, que teria contribuído com parcela semelhante, está muito presente nas artes e na culinária. O latim está nas ciências e o grego, na medicina (como também ocorre em outras línguas). Palavras espanholas, italianas, russas, indianas e outras integram o vocabulário inglês. O português chegou direto com bossa nova, cobra e piranha ou por adaptação com cashew (caju), manioc (mandioca) e mulatto (mulato).
O português se beneficiou de muitos vocábulos estrangeiros. Nem nos damos conta de que o francês nos trouxe ateliê, atachê, bufê, cinema, filé, perfume, sutiã. O inglês nos forneceu xampu, nomes de esportes (além do futebol, beisebol, voleibol, basquetebol, handebol, golfe, tênis), bife, buldogue, zíper, estresse. Se houvesse a Lei Requião, como seriam traduzidas a italiana pizza, a árabe esfirra e a espanhola paella?
A tecnologia continua a trazer estrangeirismos, que os jovens adotam rapidamente e os adultos, mais tarde. Mesmo quando há correspondentes em português, a preferência é importar e aportuguesar termos ingleses: deletar, atachar, inicializar. Deletar, que está no Aurélio, é mais um vocábulo de raiz latina (delere) no idioma de Shakespeare.
Em Portugal, o mouse do computador é rato mesmo. O que ganhariam os paranaenses se nas propagandas aparecesse rato ao lado de mouse? Nada. A Lei Requião é, pois, uma tremenda tolice. Ela não reforçará a soberania nacional. Significará apenas aumento de custos, perda de tempo e falta do que fazer.
22 comentários
O Bob Req é mesmo ridículo. Isso aí é a falta da chamada “ausência de agenda” para o exercício da governança.
Parece e o tempo confirma, Requião tem apenas um discurso de boa retórica e e sem conteúdo. Eloquência, retórica e outras esquisitices neste país sofrido, enganam grande parte dos eleitores e põe a governar indivíduos sem um projeto de estado e de país. Brincar, ofender e dissimular é o que se tem feito.
O que mais chamou a minha atenção no artigo do Nobrega foi “…falta do que fazer”.
Pois está palavras dizem tudo o que está faltando para o nosso governador. É a falta do que fazer para ficar publicando em diário oficial uma lei desta natureza.
O mico já pagamos, agora é refazer está bobagem e mostrar que o Paraná é um estado moderno e não um couver da Venezuela e de seu Presidente.
Requião se não tem o que fazer, pelo menos não faça asneira para nos deixar com vergonha de você.
Ou como dizem por ai: “não nos faça passar vergonha”.
O Estado está uma maravilha né! Senhor Governador. A segurança é das melhores e nem vou citar mais para não virar isso um jornal.
Trabalhe com seriedade e não nos faça passar vergonha mais.
Pelo menos o Rei quião está na mídia nacional e não só na Grande TV Deseducativa que ele tem certeza que é o dono.
Mello e Silva precisa urgentemente entrar com uma ação para modificar os nomes de seu irmão e seu primo, respectivamente, Wallace e Heitor Wallace, nomes abominavelmente escoceses, que poderiam mudar para o Uólace mais patriótico… ou quem sabe mudar para Caxias, Tamandaré ou Osório de Mello e Silva que são heróis brasileiros, afinal, Wallace é um herói nacional da Escócia, que faz parte da imperialista Grã-Bretanha…
Grande Maílson da Nóbrega! Alguém tem que mostrar ao Brasil ,que temos um governador ridículo e que só faz retroceder o nosso Estado. /só mostra ao país seus atos tolos .Chega de nos envergonhar,fora Requião!
e o pai do requião, o wallace, vai ser como:
wall: muro
ace: ás
então: ás no muro
Que beleza de comentário este do senhor Maílson na revista Veja. Escracha para todo o Brasil as imbecilidades deste nosso governador, que – aliás – também foi devidamente criticado até mesmo por deputados da base governista, como Reinhold Stephanes.
A propósito, vale a pena ler a entrevista do deputado publicada na edição desta segunda feira do jornal O Parana (www.oparana.com.br).
Na ânsia de mostrar engajamento na utópica, fétida e mal gerada “República Bolivariana” do demente general Hugo Chávez, o governador Requião expõe o estado do Paraná e todos os paranaenses ao ridículo em âmbito nacional. Peça licença do cargo, governador. Vá prá casa descansar, tome algumas xícaras de chá de camomila, isso vai lhe desopilar o fígado e, quem sabe, lhe devolver um pouco do bom humor.
Ahh .. aproveita e leva junto o seu secretário Delazari. Vocês dois podem brincar de faroeste (é do seu tempo, né?) Podem fazer o papel de “mocinhos”, apesar da idade e sempre ganharem dos bandidos. Assim, na ficção, poderão enganar a si próprios.
Tóma governador Mello e Silva.
E leve junto os deputados estaduais que dizem AMÉM para tudo.
Apesar do esforço demonstrado pelo governador Requião com iniciativas como esta, ele continua sem o reconhecimento que merece. Por muito menos outros líderes já gravaram suas famas para a posteridade, no livro “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano” de Plínio Apuleyo Mendoza e Álvaro Varga Llosa.
Sugiro a leitura do livro acima e que iniciemos um movimento de protesto, para que o governador e sua obra mereçam pelo menos um capítulo do famoso manual.
Requião só envergonha os Paranaenses, nepotismo, comedor de mamonas, pedágio da mentira, traduções, CQC , escolinha do autoritarismo, obras não acabadas, ônibus escolares, etc…
Paras ir se acostumando. Quando foi a uma Lanchonete, não esqueça de pedir: quero um bolinho de carne moída achatado, dentro de um pão redondo com folhas de alface e tomates e com um pouco de creme feito com ovos e óleo e uma porção de molho de tomate adocicada. Ha! Se quiser dar um sabor especial a iguaria, acrescente uma fatia de toucinho de porco, defumada, e frita….
Amanhã, na terça insana, teremos mais um surto. Vou preparar a pipoca e os refrigerantes e dar boas risadas.
da até nojo de ter uma praga ignorante desta a frente do governo do estado,como que pode e ainda diz que é formado em direiti e jornalismo so se for na universidade da ignoarnçia,fora requião já,o curitibano tem que parar de ser bunda mole e ir para as ruas,como é o meu povo lá do rio grande do sul lá o babado é mais embaixo,é um povo que tem tradição politica e não concorda com babaquiçes desta imposta pelo requeijão.
O artigo de Maílson da Nóbrega é irreparável. A lei do Bacamarte das Araucárias é um despautério. Aliás, despautério provém de “Despautère”, nome afrancesado de J. van Pauteren ou talvez latinizado Despauterius (gramático flamengo, 1480?-1520), cuja obra Comentarii gramatici (1537), confusa e rica de dislates, foi muito difundida na Europa entre os sXVI-XVII. Lembro que o ex-ambaixador Sergio Correa de Castro escreveu um livro memorável “Palavras sem fronteiras”, onde resolve nos mostrar a coleção de palavras internacionais que juntou ao longo de sua vida como diplomata de carreira: são três mil palavras e expressões, provenientes de 46 idiomas, que são compartilhadas irmãmente pelas oito principais línguas do Ocidente. Enquanto aqui nesta quinta comarca ainda temos este tipo de idiotice. Mas – a propósito – temos educação pública de qualidade no Estado ? Está sendo cumprido pelo governo o preceito constitucional de alocação da verba de 30% prevista ? E nenhuma autoridade de controle público se digna a apurar esta situação ?
“Lanchonete” não…que vem de “lunch”. Tem que ir a um pequeno restaurante especializado em refeições rápidas. Hahahaha. Requião + vaquinhas de presépio = piada pronta.
Isto é por parte do Requião pura falta de ter o que dizer sobre o seu governo e muita vontade de aparecer.
A escolinha amanhã vai estar imperdível mesmo! Só se cancelarem por causa da gripe suína.
Ah, o mailson que é consultor financeiro e entregou o país para o collor, junto com sarney, com inflação de 83%? Falando em besteirol, o que este cara fala de besteira em matéria econômica….
js
eu me pergunto: como esse ditadorzinho de meia tigela consegue se reeleger?
hummm. Máquina pública!
que vergonha.
será que o pacto com o diabo, que o Reiqueijão fez tá acabando?
assim o bizonho leva ele pro inferno.
O PARANÁ É AUTOFÁGICO POR NATUREZA. DONDE JA SE VIU UM CARA COMO O MAILSON DA NÓBREGA TER ESPAÇO DE ESCULACHAR NOSSA GENTE EM NOSSO ESTADO. SE ELE ESTIVESSE CRITICANDO O BETO RICHA TODOS ESTARIAM ROXO DE RAIVA. ESSA PAUTA PEGOU MAL. A LEI É SEM COMENTÁRIOS E COMO É SEM COMENTÁRIOS NÃO PRECISA DE MÍDIA NENHUMA. GERALMENTE O MELHOR ATO DE ACABAR COM UM SUJEITO É O ESQUECIMENTO. FALE MAL OU BEM MAS FALE DE MIM É DA ESSÊNCIA POLÍTICA, E TODOS, TODOS NESSE BLOG ANTI REQUIÃO ESTÃO FAZENDO CAMPANHA PRO HOMEM. FALEM DAS COISAS BOAS DO BETO RICHA, COMO A LINHA VERDE POR EXEMPLO.
Querido colega EDY … acredito que você não leu a reportagem por completo, ou então não a entendeu … Maílson da Nóbrega não ridicularizou os paranaenses, ele “esculachou” o Governador e suas tão famosas “gafes” … Quanto ao seu amor pelo Beto Richa, eu até entendo … mas veja, ele já foi escolhido como o melhor prefeito das capitais brasileiras, e por dois anos consecutivos !!! Ele recebe o reconhecimento dos curitibanos, e é o que realmente importa. E afinal, não faz mais do que sua obrigação de prefeito : investimentos na melhoria da qualidade de vida da população (com o dinheiro dos NOSSOS impostos). Um abraço.
Sr. Geraldo
Não se preocupe em inglesar a língua portuguesa, mas, se ainda usamos a nossa língua, acerte-a primeiro “certeza de que” e não “certeza que”