De Ana Paula Scinocca, no Estado de São Paulo
Depois do escândalo com a revelação de que o Senado tem 181 diretores, a Casa divulgou ontem a lista de nomes e cargos dos 50 diretores exonerados. A dispensa representará uma economia mensal de R$ 400 mil, segundo o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo. As outras 131 diretorias, porém, continuarão a gerar gastos mensais estimados em R$ 1,048 milhão.
O primeiro secretário, senador Heráclito Fortes (foto) (DEM-PI), prometeu ontem mais demissões para a próxima semana. Mas não quis se comprometer com números. “Só lamento que a chaleira tenha estourado na minha mão.”
Entre os diretores que vão perder as suas funções imediatamente estão Elias Lyra Brandão e Francisco Carlos Melo Farias – responsáveis, respectivamente, pela coordenação administrativa de residências e a coordenação aeroportuária, conhecida também como diretoria de check-in.
Farias era responsável por assessorar os senadores no Aeroporto Internacional de Brasília, nos embarques e desembarques. Ele trabalhava no próprio aeroporto. Já Brandão administrava os apartamentos funcionais do Senado e ficava instalado em um dos imóveis.
Heráclito afirmou que os primeiros afastados trabalhavam em órgãos que não comprometem o que chamou de “áreas estratégicas” da Casa.
Quem também perdeu o cargo ontem foi Cristiane Tinoco Mendonça, que era secretária do ex-diretor geral da Casa Agaciel Maia. Ela ingressou no Senado como telefonista e ocupava um apartamento funcional.
O ato chama a atenção por misturar servidores tidos como de primeiro nível, que realmente exerciam função de direção, com outros que se limitavam a receber pela função.
GRATIFICAÇÕES
Segundo Gazineo, os diretores dispensados perdem as gratificações, que variam de R$ 2.064,01 a R$ 2.229,13, e voltam às suas funções originais no Senado. Neste primeiro momento, foram afastados apenas concursados.
“Nenhum diretor comissionado foi exonerado porque isso é atribuição dos senadores”, disse.
A reportagem, no entanto, identificou entre as dispensas Claudia Dias Costa França, coordenadora de comunicação institucional, que era comissionada e foi indicada pelo ex-presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN).
9 comentários
A olgarquia patrimonialista nordestina sendo desmascarada!
A maior parte destes 181 diretores foram indicações do Sarney e dos seus conterrâneos?
Poderiam também fazer um rescenceamento e tentar decobrir quantos ministérios tem no governo lula e quantas secretarias (inclusive as especiais) tem no governo do Paraná. Vai surpreender a quantidade de gente que mama nas tetas do governo sem fazer nada!
Deviam, sim, é diminuir a quantidade de senadores!!! E de deputados na Câmara também!!! Já seria uma boa limpeza e uma grande economia. Mas, isso, com certeza, face às mamatas de costume, nunca irá acontecer.
São uns babacas.Pensam, eses politicos nordestinos, que nos enganam aqui no sul, Claro
E AQUI NA TERRINHA , QUANDO É QUE VÃO COMEÇAR A CORTAR AS DITAS DIRETORIAS.
A COHAPAR TAMBÉM POSSUI DIRETORIA DE GARAGEM !!!
SÃO TRINTA E SETE MINISTÉRIOS, PERDI A CONTA DE QUANTAS SECRETARIAS E MILHARES DE CARGOS COMISSIONADOS PARA NÃO FAZER NADA. ESSE É O LULA QUE ANTES DE SER PRESIDENTE, ARROTAVA HONESTIDADE E MANDAVA O PAU EM TODO O MUNDO. É PRECISO FAZER SIM UMA DEVASSA NO EXECUTIVO E NÃO SÓ NO SENADO. ESSA DO SENADO É SÓ UMA “MAROLINHA.”
Quanto ganha um Diretor de Garagem do Senado??????????
Só faltou aparecer um diretor de manutenção do bigode do Sarney…
Abraço.
Será que estes senadores não tinham conhecimento desta farra? è sempre assim depois que a mídia descobre as falcatruas todos vem a público se dizendo revoltados com a situação.Os (maus) políticos nordestinos enganam sim, como os (maus) políticos do sul, norte ,centro-oeste etc .!!!!!