Noutros tempos, o Natal costumava ser uma festa movida a gestos de amor. Nos dias que correm, o Natal passou a ser um orçamento.
Hoje, como previsto, o governo deu à classe média um presente natalino que tonifica o orçamento familiar, assediado pela crise.
O novo pacote anticrise traz também mimos às montadoras de automóveis e às empresas endividadas em dólar. Vão abaixo as providências inseridas no embrulho. Para ler, clique no “Leia Mais”.
- IRPF: Além das duas alíquotas de Imposto de Renda Pessoa Física já existentes -15% e 27,5%- foram criadas mais duas: 7,5% e 22,5%.
As novas faixas entram em vigor em 1º de janeiro de 2009. Fica assim o pagamento de IRPF conforme o nível de renda de cada um:
– Até R$ 1.434: isento do IRPF
– Acima de R$ 1.434 até R$ 2.150: alíquota de 7,5%
– Acima de R$ 2.150 até R$ 2.866: 15%
– Acima de R$ 2.866 até R$ 3.582: 22,5%
– Acima de R$ 3.582: 27,5%O governo sustenta que todos os trabalhadores, mesmo os que recebem salários na faixa mais alta, serão benefiados.
- IOF: Reduziu-se de 3% para 1,5% a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras nos empréstimos para pessoas físicas.
A mudança vai vigorar por prazo indeterminado. Vai custar ao governo uma perda de arrecadação de R$ 2,560 bilhões em 2009.
- IPI: Reduziram-se as alíquotas do Imposto de Produtos Industrializados cobrado das montadoras de automóveis. Ficou assim:
– Os carros populares (até 1.000 cilindradas) terão a tarifa reduzida de 7% para zero.
– Os veículos de categoria intermediária (de 1.000 a 2.000 cilindradas) terão o IPI reduzido de 13% para 6,5% quando movidos a gasolina; e de 11% a 5,5% quando a álcool (incluem-se os modelos flex).
– Os automóveis de luxo (mais de 2.000 cilindradas) não serão beneiciados com a redução de IPI. Continuam pagando 25%.
A poda no IPI valerá apenas até 31 de março de 2009. O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que as maiores montadoras comprometeram-se a:
A) Repassar o refresco tributário para os preços dos carros; B) Manter inalteradas as suas folhas de pagamento.
- Dívidas em dólar: O Banco Central vai liberar US$ 10 bilhões das reservas internacionais para socorrer empresas brasileiras endividadas no exterior.
O dinheiro vai às arcas das empresas na forma de empréstimos para a rolagem das dívidas contraídas em moeda estrangeira.
São dois os objetivos do BC: atenuar a secura de crédito imposta pela crise e diminuir a busca por dólares no mercado interno.
Guido Mantega informou que a generosidade do governo não se esgotou. Disse que na próxima semana serão anunciadas novas providências.
Um dos setores beneficados será o habitacional. “Essas medidas não são as últimas. O momento é de ousadia e rapidez”, disse Mantega.
3 comentários
Enquanto isso, aqui na terrinha, nosso grande lider promove um seminário internacional para discutir a crise e ao mesmo tempo gesta um ‘TARIFAÇO”.
É de doer a burrice do Requião e sua turma, até o Lula percebeu que o caminho para sair da crise ou evitar que assuma proporções maiores, é o de REDUZIR tributos, aumentando o dinheiro em poder do público (conceito de M1, em economia), Nós, aqui no Paraná, vamos aumentar a carga tributária e os custos de produção – leiam a matéria da Gazeta de hoje -. É uma piada esse governinho Requião.
Medíocre, enganador, um atraso de 10 anos para o nosso Estado do Paraná.
Perdido em brigas intermináveis, agora colhe os frutos do que plantou:
A multa do caso dos títulos, continua sendo cobrada;
O porto de Paranaguá vai ter seu calado reduzido, pois a dragagem não foi feita;
Nosso PIB cresceu menos do que os demais estados da região.
SOCORRO
E os tucanos não entendem!
As medidas são boas, estimulam o consumo… mas como “pacote anticrise” não servem.
A crise é de crédito!!!
Então temos o remédio certo para a doença errada!