Dirigir um Estado da Federação é tarefa que certamente não se pode comparar à de dirigir um automóvel. Se, no entanto, o DETRAN aplicasse seu psicotécnico a alguns governantes desta área do planeta, é provável que alguns acabassem reprovados.
A idéia, com certeza, além de abstrusa é antidemocrática, pois não se pode admitir que candidatos a cargos eletivos tenham o seu caminho barrado senão pelos próprios eleitores ou pela Justiça, isto é, o Tribunal Eleitoral.
Curioso Estado o nosso. Ainda agora a crise bate à nossa porta, há riscos de recessão, de desemprego, discutem-se as medidas de contenção em setores industriais importantes.
Caiu a procura, diminuíram as encomendas e a oferta deve cair também, informa a FIEP. Isso significa que poderemos ter desemprego e o governo Lula faz esforços para amenizar o choque. A ordem do dia é economia.
Aqui, no entanto, o governo Requião inverte a ordem natural das coisas como sempre. Propõe uma mini reforma tributária que só serve ao seu próprio interesse de aumentar a arrecadação. Vai onerar a produção e contribuir para que os efeitos da crise se abatam de forma mais grave sobre os paranaenses.
Mas isso não preocupa o governador e seu time de secretários, diretores de estatais, dirigentes, comissionados e toda a população que vive uma realidade bastante diferente da nossa.
Pois a verdade é que o Paraná são dois. A ilha da tranqüilidade estatal no meio e o mar brabo dos salve-se-quem-puder econômico em torno. Tanto é assim que o governador e sua entourage de chambre desloca-se em viagem de prospecção aos Emirados Árabes e ao Japão. Por nossa conta, é claro.
Para justificar a excursão, o discurso gasto de abrir portas enquanto aqui elas se fecham onde o fardo tributário se tornou insuportável e mais será depois dos acréscimos que o governo quer impor.
7 comentários
Pois é, Sr. Campana, se se realizassem eleições hoje para governador, ainda há gente que votaria no sujeito de novo.
Impeachment de Requião Collor já!
Ocorre – Fabio – que as ditas autoridades de controle público, no Olimpo de seus cargos e com os régios salários assegurados mes a mes contra todas as intempéries pelo saque sem perdão ao bolso do povo, permitem que esses turistas acidentais do governo, com o Inquilino do Canguiri à frente, esbanjem despudoradamente o dinheiro público. Se os recebessem – a comitiva “se Dubai não vem a nós, vamos nós a Dubai” – na volta com belos processos por improbidade administrativa algo começaria a mudar. Mas não, às ditas autoridades de controle público, deixar o compradrio torrar o dinheiro público “non olet”.
Bom para quem está acostumado a um governo estadual que prega a ditadura antiquada e sem priorizar o povo e seus aliados isso não é nada. Pois depois de um peemidebista achar melhor enterrar o PMDB não há duvidas de que o governo estadual vai de mal a pior, popularidade caindo, problemas internos no partido, vexame nas eleições municipais. Isso tudo acaba com a dignidade de um governate, agora aumentar a carga tributária é irt contra os empreendedores paranaenses e contra a população é assumir a impopularidade.
Acabo de ler na Gazetona sobre dois casos em que a “zelosa” Polícia Civil do paraná foi para lá de incompetente:
No primeiro caso não foram degravadas as fitas que dariam suporte à prisão de traficantes, culminando com a soltura dos marginais;
No segundo caso, o computador do Rasera, conhecido grampedor de telefones e FUNCIONÁRIO do gabinete do Requião, passados quase dois anos da apreensão, pasmem, ainda não foi periciado.
Comparo a desídia com o caso da acusação sobre os gafanhotos do Beto Richa (às vésperas da eleição), em menos de 18 H(dezoito) horas a denúncia foi apurada, testemunhas ouvidas e o processo encaminhado´.
Até o Jiíz estranhou a eficiência.
Não se trata nem de dois Paranás… Trata-se da involução, da ré engatada, do atraso… Retornamos ao tempo da Quinta Comarca de São Paulo, da sub-colônia… Temos os menores índices de crescimento da região sul… somos o Piauí do sul… um tempo de roça, de cangaço, de obscurantismo, de fundamentalismo jeca em todos os setores… basta, fora…
Hoje existe um concenso entre os funcionários públicos de carreira do Estado do Paraná, de que o governo atual acabou com a estrutura e a capacidade de planejar que ainda existia. Resta agora a palavra da reconstrução do Estado para colocar o Paraná nos trilhos para o futuro. Do jeito que está hoje não vai ser tarefa fácil, mais um desafio para o novo governo que virá em 2010. Quem sobreviver verá.