A posse de Mauricio Requião como conselheiro do Tribunal de Contas foi, para o deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), líder da Oposição na Assembléia, o fim de uma tragicomédia anunciada e, por isso mesmo, combatida.
O deputado afirma que muitas pessoas não entenderam o ato dos deputados que se abstiveram da votação que encerrou o processo de escolha do novo conselheiro, conduzido com mão de ferro pelo governador Requião, irmão do agraciado. Entende que, para quem não viveu por dentro o redemoinho da trama urdida no Palácio das Araucárias, isso tenha parecido como um não-posicionamento, mas reitera as razões que o fizeram optar por tal procedimento:
– Se tivesse votado em algum candidato legitimaria todo o rito de escolha que, desde o início, não concordei. Os deputados da Oposição entenderam tratar-se de um processo viciado.
– Pedi à Mesa Diretora para anular o edital de convocação. Por considerá-lo incompleto, entrei na Justiça com uma ação popular.
– Questionei junto ao Tribunal de Contas a homologação da aposentadoria do conselheiro Henrique Naigeboren, que deixou a vaga. Em resposta oficial, a confirmação: a aposentadoria não havia sido concluída. Quer dizer: antes mesmo de consolidado, o posto já tinha dono.
– A Lei Orgânica do TC, nº 113 republicada em Diário Oficial de 05/05/2006, acolheu uma emenda sugerida por mim. Trata-se do artigo 140 que impede que um conselheiro analise as contas do município onde um parente dele tenha obtido 1% de votos.
– Baseado nessa Lei, alertei que o Maurício Requião ficará impedido de julgar as contas de todos os municípios do Paraná em razão do irmão governador ter feito mais de 1% dos votos nessas cidades.
A ação impetrada por Rossoni continua em tramitação no TJ, para que seja julgado o mérito.
8 comentários
Pelo que vi na TV o pessoal do TCE esta acima do peso. Se o Mauricio que já esta gordinho não se cuidar vair explodir logo. A comida do TCE deve ser da boa sô!
Isso tudo é conversa p’ra boi dormir. São todos farinha do mesmo saco, inclusive este deputado que tem nome de vinagre… Apoiou com todo seu louvor e admiração a nomeação do antecessor de Mello e Silvinha no TCE, o cunhado Henrique Naigeboren… Aliás, as cadeiras do TEC deveriam ter nomes, como as da ABL. Assim, esta cadeira ocupada pelo irmãozinho Mello e Silva poderia cadeira dos nepotes…
Invocamos D. Francisco Manuel de Melo – insigne poeta do Séc. XVII:
MUNDO É COMÉDIA
“Dez figas para vós, pois com furtado
Consular nome vos chamais Prudência,
Se, fazendo co’o Mundo conferência,
Discursais, revolveis, e eis tudo errado!
Quem vos vir, Apetite, disfarçado,
Digno vos julgará de reverência;
E a vós, ódio, por homem de consciência,
Vendo-vos tão sesudo e tão pesado.
Dois a dois, três a três e quatro a quatro,
Entram, de flamas tácitas ardendo,
Astutos Paladiões em simples Tróias.
Quem enganas, ó Mundo, em teu teatro?
A mi não, pelo menos, que estou vendo
Dentro do vestuário estas tramóias.”
(* Obras Métricas, tomo II, p. 6)
Penso que a posse do Sr. Maurício no TC vai incomodar muita gente. Agora ele terá acesso as contas de muitos paladinos da moral e dos bons costumes, e isso perturbará com certeza Rossonis e outros tantos!
O artigo 140 criado pelo Rossoni era para defender os parentes dele, já que ele sabe que 1 %, talvez ele somente consiga em Bituruna.
Vindo do Rossoni é uma comédia. Com o Lerner ele fez coisas do mesmo tamanho. Farinhas de mesmo saco.
vejam como são as coisas: não existe instituição capaz de esclarecer e punir a má gestão na secretaria de educação; basta olhar o passado: esse moço se intitula professor???ora, foi nomeado em Uberlandia
numa troca de favores com o reitor, e depois
transferido para a Ufderal do Paraná, onde ocupou vaga que fez muita falta para o desenvolvimento do curso de psicologia; mas, recorrer a quem?????estão todos no mesmo saco – todos…antes tinham medo dos militares, agora não tem medo de ninguém!!!!!!!
E a Fera, não foi convidada? :)