O presidente Lula desistiu de vir à Curitiba. A justificativa oficial é a de que as licitações de obras do PAC que firmaria com o governo do Estado e com a Prefeitura de Curitiba não estão prontas.
A Prefeitura informou que as licitações de sua responsabilidade foram realizadas e tudo estava preparado para o presidente iniciar as obras ao lado do prefeito Beto Richa.
Agora, as informações de cocheira. O problema é que o governador Requião pretendia um evento fechado, em auditório para 150 pessoas, no Palácio das Divisórias.
Ora, pois, Lula quer é falar com o povo e dispensa auditórios do tipo da escolinha das terças que mistura burocratas da esquerda funcionária e da direita pragmática que, em última instância, são a mesma coisa.
O governo federal não aceitou. Preferia a proposta da prefeitura, que sugeriu um evento no Parolin. Ato público aberto, com garantia de participação popular. Mas Requião empacou e não quis exposição popular.
Requião contrapropôs armar uma tenda no estacionamento do Palácio das Divisórias e abrir o evento à participação dos moradores do Centro Cívico.
O governo federal queria evento junto ao povo. Não houve acordo. Diante das dificuldades de Roberto Requião com o povo e com o prefeito, Lula preferiu cancelar a escala em Curitiba e ir direto à Foz do Iguaçu.
Em Foz, Lula vai lançar o termo de cooperação técnica entre a Petrobras e os governos estaduais para a construção do Alcoolduto entre Campo grande e Paranaguá. E lança um programa simpático, o Plano nacional da Pesca e o Ato de Cessão das Águas Públicas aos pescadores.
Quem conhece Requião sabe que as relações entre ele e o PT tendem a se deteriorar depois da largada da campanha eleitoral. Requião não suporta saber que Lula é o grande eleitor nos grandes centros. O Duce, no mais das vezes, tira voto de quem apóia.