A política nativa anda tão pobre de idéias e de líderes que frustra as últimas esperanças nativas de aproximação com a contemporaneidade do mundo.
Pasmem. As notícias relevantes destes dias foram a ausência do presidente Lula e o flagra num deputado governista em esforço sexual com uma funcionária da Casa do Povo em pleno estacionamento da Assembléia. O deputado garante que não ficaram vestígios que possam comprometê-lo porque a moça engoliu as provas.
Enquanto isso, o prefeito Beto Richa acelera sua campanha para a reeleição. Visita os bairros, inaugura creches e armazéns e comparece a festa do CTG, para um concurso de dança típica, a chula. Não quer perder tempo.
Sua adversária principal é, sem dúvida, Gleisi Hoffman, que teve uma tonelada de votos para o Senado no ano passado. Nem ela, nem ninguém, quer o apoio explícito de Requião, que pode arrastar qualquer um para baixo.
Perdido no tempo e no espaço, Requião pede a união do centro e do centro-esquerda em torno de candidaturas a prefeito em todo o Paraná, caso contrário os tucanos avançarão, diz ele.
Há uma turma de políticos nativos que entra nesse papo hipócrita em torno de ideologias que nada têm a ver com a realidade nativa, pois a questão premente é outra. Bem outra.
O Paraná é um estado singular. Aqui, políticos de direita se apresentam como social-democratas e Requião é tido como comunista por um bom número de grandes empresários e atilados representantes do mercado financeiro.
A desconfiança desses senhores de alto coturno é confirmada pela esquerda funcionária que aplaude o chefe e sonha que chegou ao poder. Elucubrações e disfarces de uma política que se caracteriza pelo QI indigente.