Não é só a história que se repete; os homens também se repetem. À medida que lhe voltaram os poderes, o governador Roberto Requião retomou a antiga paranóia e decidiu fulminar até mesmo os companheiros de aventura.
Sabe ele que a verdade verdadeira é que o povo, na sua simplicidade, gosta dessas manifestações esdrúxulas, diverte-se com a loucura dos loucos, ao mesmo tempo em que respeita e teme as suas ousadias inesperadas. É uma história antiga.
Mas a paranóia para o povo precisa ser devidamente compensada pelo respectivo peso político. Tal como fizeram Hitler e Mussolini em seus países, tal como o próprio Requião fez em 1990, quando foi governador pela primeira vez.
O caminho político de Roberto Requião sempre passou por aí. Ele sempre teve habilidade para obter o aval das pessoas devidas, ajudando-as a exorcizar o demônio da corrupção com seu discurso moralista.
Assim elegeu-se deputado, prefeito, senador e governador por três vezes. Com o apoio de personalidades que mais tarde descartaria.
Em 1990, teve o apoio de Alvaro Dias, que ficou no governo para ajudá-lo. No segundo turno aproveitou-se de uma enorme frente aterrorizada com a perspectiva de ver Luis Carlos Martinez governador. Em 2002, juntou-se a todos os desafetos de Alvaro Dias, Jaime Lerner e Cia. para chegar lá.
Ora, pois, a outra perspectiva, incômoda e pouco prática, de chegar ao poder seria pela via estreita, nos braços de seus partidários populares. Num Estado como o Paraná, só um tolo, ou um louco de verdade tentaria coisa semelhante.
O fato, entretanto, é que os tolos e os loucos de verdade também existem, entre nós, embora não sejam tão numerosos quanto eles próprios acreditam.
Um comentário
Como eu gostaria de poder discordar do seu pensamento, caro jornalista Fábio Campana – nosso “porta-voz”. Mas, infelizmente, não há como. Você tem razão. Será que ele tem consciência? Se tiver, é bem capaz de, no final, quando já for um ex-tudo, ainda ter loucura suficiente para imitar Getúlio Vargas e Hitler… Porém, não creio, ele não é tão louco como parece. Acho que faz parte da estratégia de marketing dele. Aliás, o efeito desse marketing tem sido contrário às expectativas do governo. E os assessores, onde estão? Ah… escondidos, com medo de falar e levar um bofetão de supetão! Até que seria bom: enquanto permanecem calados, o nosso dinheiro (recursos do Estado) está sumindo pelo ralo. Chega!!! Por hoje.
José Antônio Rezzardi
Pato Branco – PR.